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CRIME DE GÊNERO

Dilemário troca acusações com Edna na Câmara de Municipal de Cuiabá

DA REDAÇÃO / NATASHA FREITAS
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Reprodução

Durante a sessão ordinária na Câmara Municipal de Cuiabá, nesta terça-feira (7), o vereador Delimário Alencar (Podemos), trocou farpas com a vereadora Edna Sampaio (PT), sobre a acusação de crime de violência política contra a mulher, que a petista protocolou contra ele, na segunda-feira dia 6 de março, junto à Superintendência Regional da Polícia Federal em Mato Grosso (SR/PF-MT).

No documento, ela denuncia o discurso feito pelo parlamentar na última sessão ordinária, ao comentar sobre o desligamento de sua ex-chefe de gabinete, com ataques e menosprezo a mulher negra e defensora dos direitos humanos, especialmente dos direitos das mulheres afrodescendentes, com o objetivo de constrangê-la e humilhá-la.

Para o parlamentar a denúncia feita pela petista, é uma acusação requentada, pois em 2021 a mesma o denunciou o crime de racismo, após ele comparar o comportamento dela com a cantora Karol Conká, diante da ex-vereadora Maria Avalone por ter conseguido o título de cidadão Cuiabana pela ministra da agricultura do governo Bolsonaro.

“Olha lamentável, esperava de primeira que a vereadora Edna explicasse para a população de Cuiabá, por que solicitou a demissão de uma mulher negra, gravida que trabalhava no seu gabinete. Isso que ela apresentou é uma denúncia requentada, inclusive ela perdeu na justiça pra mim, me acusou em 2021 de racismo, porque comparei o comportamento dela com a Karol Conká na época, eu fiz uma defesa da ex-vereadora Maria Avalone, porque Edna a destratou devido à vereadora por ter conseguido o título de cidadão Cuiabana pela ministra do governo Bolsonaro, a ministra da agricultura”, disse o vereador.

Segundo Delimário, a atitude da vereadora é, na verdade, como uma “cortina de fumaça”, uma forma de tira o foco que é discutir sobre a grave crise na saúde.

“Ela está levando esse mesmo assunto para a Polícia Federal, a queixa-crime, na verdade, é uma cortina de fumaça, ela tem que explica, ela sempre se posicionou aqui como a defensora das mulheres negras, dos pobres, ela demitiu, não fui que a demiti a servidora, ela está querendo inverter as coisas, ela demitiu a servidora gravida criando uma cortina de fumaça, eu lamento, na verdade, que deveríamos está discutindo aqui é a grave crise na saúde, estou a disposição, vou fazer meu pronunciamento na tribuna na Câmara Municipal e a Edna é o ser que deseja fazer denuncismo falso contra o vereador Delimário, perdeu na justiça e vai perder novamente”, confirma o político.

Ao ser questionada, a vereadora fala sobre a opinião do parlamentar da expressão “cortina de fumaça” usado durante a entrevista e alega que as atitudes do vereador é um artifício para perseguir, sendo a única mulher preta da Câmara que conseguiu ser a representante da população periférica.

“Cortina de fumaça é o que o vereador Delemário está provocando aqui, felizmente o que ele esta fazendo aqui deixa muito bem claro que é crime, ele está usando de artifício para perseguia a vereadora Edna Sampaio, um caso não tem nada de legal, um caso não de imoral, é que o vereador não tem noção da vida do povo trabalhador dessa cidade e muito menos da condição de uma mulher preta, periférica”, falou a vereadora.

Edna se amparou na lei federal 14.192/21, que trata violência política de gênero e visa garantir os direitos de participação política da mulher e considera violência política de gênero, toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir, obstaculizar ou restringir os direitos políticos da mulher.

A vereadora afirmou que o vereador não apenas cometeu o crime de gênero, ele está perseguindo e fazendo acusações leviana, descabidas que ele não entende, mas também está cometendo crime de racismo, e que o vereador tem que enquadra nas leis desse país.

Para ela, o homem não pode ocupar o espaço da política de uma forma covarde, usando o espaço para atacar. Essa atitude é revoltante, deixando indignada, mas, ao mesmo tempo, feliz, para mostrar a população, principalmente para as mulheres, que esse ato do parlamentar é misógino, é aquele tipo de ódio que alguns homens têm pelas mulheres.

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  • 8 de março de 2023 às 18:50:08
  • 8 de março de 2023 às 14:04:29