DA CNN BRASIL
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O Centro Internacional dos Correios em Curitiba recebe um grande volume de mercadorias anualmente. Segundo a empresa postal, em 2022 circularam cerca de 155 milhões de encomendas vindas do exterior na filial, volume 27% maior que em 2021.
Com o grande fluxo de mercadorias, é comum encontrar brasileiros nas redes sociais relatando pacotes presos na capital paranaense. Na grande maioria das vezes, as reclamações são de encomendas de sites asiáticos como Shein, AliExpress e Shopee.
As cargas internacionais chegam ao Brasil principalmente por via aérea, mas há um pequeno percentual que chega via Porto de Santos, em São Paulo.
Após a chegada ao Brasil, todas as mercadorias precisam passar por algum Centro de Tratamento Internacional dos Correios, que estão localizados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.
De acordo com os Correios, o que define para qual centro o pacote vai são os serviços contratados para envio e determinações da Receita Federal.
As encomendas expressas de até 30 kg vão para São Paulo. Já as encomendas econômicas de até 30 kg e outras mais pesadas vão para o Rio de Janeiro.
E o centro internacional em Curitiba recebe pequenas encomenda, exceto nos casos em que a Receita Federal determina outro direcionamento.
Segundo o site dos Correios, pequenas encomendas são mercadorias de até 2 kg e com baixo custo. Elas podem possuir códigos de identificação iniciados em “U” ou “R”, quando são da modalidade econômica sem rastreamento, ou “L” na modalidade Express com rastreamento completo.
Além disso, as lojas virtuais internacionais geralmente empregam as designações “registered mail”, “small parcels” e “small packets”.
Os Correios explicam que o centro interacional de Curitiba não é exclusivo para compras vindas da China, mas como muitas dessas compras são classificadas com especificações de “pequenas encomendas”, grande parte é direcionada para a capital paranaense.
De Curitiba até o endereço final: por que pode demorar?
Após chegar no Centro de Tratamento Internacional correto, os pacotes passam pelo processo de despacho aduaneiro de importação, o que significa que serão submetidos à verificação da carga pelo raio-X e pela inspeção de cães farejadores.
Caso seja encontrado alguma inconformidade ou ilegalidade, a encomenda é separada para fiscalização da Receita Federal e outros órgãos competentes, como Polícia Federal, Exército e Anvisa. Todos os pacotes são verificados se estão dentro das normas e se devem ou não ser taxados.
No centro internacional, as mercadores também ficam aguardando o pagamento das obrigações tributárias, como imposto de importação e ICMS, que são definidos pela Receita Federal.
A entrega só é realizada depois que as encomendas são liberadas pelos órgãos e após serem atendidas todas as exigências. Com isso, a encomenda é expedida para o fluxo nacional e entregue diretamente no endereço indicado pelo remetente.
Quando não há o atendimento das exigências, incluindo o pagamento dos impostos devidos, o objeto é devolvido à origem ou enviado para refugo, a depender do serviço contratado e das determinações dos órgãos de fiscalização.
Segundo os Correios, o tempo para entrega varia conforme a localidade de destino, podendo ser de até um dia útil, a depender do serviço contratado.
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