Câmara de Cuiabá/ Assessoria

Após o relatório apresentado pela interventora na Saúde de Cuiabá, Daniella Carmona, na Assembleia Legislativa na última terça-feira, 23 de maio, o assunto virou motivo de discussão entre parlamentares de situação e oposição na Câmara de Cuiabá, nesta quinta-feira (25).

Segundo o vice-líder da Prefeitura Luís Claudio (PP), o gabinete de intervenção usa a mídia para espalhar noticia falsa e os números são absurdos que a interventora terá que provar quem são as pessoas que morreram e que tudo não passa de uma situação de cunho político.

“O pessoal leva muito pro lado político. É lamentável a intervenção, o gabinete de intervenção usar os meios de comunicação para inserir na sociedade dados completamente falsos, agora, recentemente, de dezessete mil mortes de pessoas esperando as cirurgias eletivas. E inclusive isso vai demandar e ações judiciais, nós queremos aqui, eu quero saber enquanto vereador quem são essas dezessete mil pessoas alegadas pela interventora, uma fala esta extremamente política, não técnica”, disse o vereador.

Em contrapartida, o vereador de oposição, Fellipe Correa (Cidadania), disse que o risco de mortes consta no processo que corre no Tribunal de Justiça (TJMT) onde aparecem documentos de profissionais da saúde alertando a gestão municipal sobre o quadro “caótico” que viviam.

“Prefeito Emanuel Pinheiro, cuidado com o que o senhor deseja. Eu entreguei os documentos aqui para todos os vereadores, desde o dia 12 do ano de 2023. É um levantamento dos primeiros dias da intervenção. Isso aqui está nesse relatório que todos receberam. Foi lido pelo desembargador Orlando Perri no julgamento da intervenção”, disse Fellipe.

A intervenção na Saúde de Cuiabá completa nesta quinta-feira, 70 dias. O procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Júnior, enviou um pedido ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), para que a intervenção seja prorrogada até dia 31 de dezembro.