Mak Lucia/ Mato Grosso Mais

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UB), rebateu as informações divulgadas pela Prefeitura de Cuiabá sobre a Operação Overpay, deflagrada pela Polícia Civil nesta segunda-feira, 17 de julho. Segundo nota da Prefeitura, o gabinete de intervenção “deveria” ser investigada por dar continuidade no contrato com a empresa investigada.

Mauro negou pagamentos indevidos para a empresa investigada, LG Serviços e Diagnósticos LTDA. Ele pontou que o problema não está nas empresas que fornecem e prestam serviços. Mendes aproveitou também para dar uma alfinetada no Executivo Municipal.

“É difícil comentar a nota da prefeitura, porém, pode olhar no período que a Intervenção está lá, que foram feitos os pagamentos. Não foram feitos indevidamente, diferentes do período anterior, como está comparado nos autos, os pagamentos indevidos”, disse o governador na manhã desta terça-feira (18).

Segundo Mauro, há uma diferença entre os modelos de gestão regido pelo gabinete de intervenção e a Prefeitura de Cuiabá, com a empresa investigada. Ele diz ainda que a administração municipal age com má-fé, incompetência ou com desonestidade.

“O problema não tá no fornecedor, ou nos fornecedores. Tem muitos fornecedores que atuam em diversos órgãos públicos daqui. A grande diferença está no comportamento dos gestores e de como a administração pública se relaciona com esse fornecedor: ou agindo de má-fé, ou por incompetência, ou com desonestidade. E está caracterizado (nas investigações) pagamentos indevidos durante período que antecede à intervenção” completou.

Operação

A operação deflagrada nesta segunda-feira (17) apura o pagamento indevido realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, com a conivência de agentes públicos, em benefício da empresa LG Serviços e Diagnósticos LTDA. O dono da empresa e ex-secretário-adjunto, o médico Luiz Gustavo Raboni Palma, chegou a ser detido, mas foi posto em liberdade horas depois, mediante uso de tornozeleira. A investiga segue em segredo de Justiça.