DA REDAÇÃO/MAK LUCIA
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A interventora na Saúde de Cuiabá, Daniela Carmona, rebateu na manhã desta terça-feira, 15 de agosto, falas do vereador Wilson Kero kero (Podemos), que disse ter encontrado medicamentos vencidos no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC) que na visão do parlamentar poderiam ser reutilizados após uma esterilização.
A fala do vereador foi proferida na última semana, e ele chegou a dizer que convocaria a interventora e o co-interventor Hugo Lima, para prestar esclarecimentos sobre os medicamentos vencidos e sobre os insumos que ao invés de serem reaproveitados foram descartados.
“Medicamento vencido ele jamais pode ser reutilizado. Isso é contra ética, isso não é permitido, então é uma fala totalmente descabida”, comentou.
Daniela disse estranhar a fala do vereador. Sobre os medicamentos vencidos, ela explicou que são os mesmos de quando a Saúde era gerida pelo prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB). Ainda conforme Carmona, a gestão anterior não havia realizado um inventário dos medicamentos vencidos para fazer o descarte corretamente.
“Bom, é muito estranha essa fala dele, né? Como presidente da Comissão de Saúde da Câmara, ele foi até lá no nosso centro de distribuição que é o CDMIC e o que ele encontrou foram os medicamentos vencidos que já tem uma ação e já teve uma CPI na gestão do Emanuel. Porém, por que nós ainda não efetuamos, o descarte? Na época dessa CPI, a gestão anterior não realizou um inventário desses medicamentos vencidos. Então, nós estamos nessa etapa, após a finalização do inventário, nós vamos apresentar aos órgãos de controle que tem acompanhado para depois fazer o descarte”, disse.
Carmona completa dizendo que toda e qualquer crítica construtiva é bem-vinda e pondera dizendo também que determinadas falas não cabem no momento.
“Aqueles que quiserem ir em todas as unidades acompanhar, ver de perto o que tá acontecendo, nos ajudar a prover melhorias para auxiliar a população e também críticas construtivas são bem-vindas, mas determinados tipos de críticas que não cabem no momento, não procedem, é algo que a gente não pode nem levar em consideração”, pontuou.
A intervenção segue até 31 de dezembro deste ano. Conforme a interventora, muitos trabalhos ainda precisam ser realizados dentro do prazo estabelecido pelo Tribunal de Justiça.