LAURO HENRIQUE
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O fenômeno de assassinato de mulheres em relações afetivas é uma questão preocupante e complexa que envolve múltiplos fatores sociais, culturais e psicológicos. É uma manifestação extrema da violência que leva consigo consequências devastadoras. O aumento da atenção pública e das discussões acadêmicas sobre essa trágica realidade destaca a importância de uma análise conjunta e profunda para compreender as motivações desses atos. Traremos aqui algumas das possíveis causas psicológicas que podem contribuir para o assassinato de mulheres em relacionamentos afetivos, visando uma compreensão mais holística desse grave problema, pois é assim que podemos desenvolver estratégias eficazes para combatê-lo.
Uma das causas está em Normas sociais enraizadas que perpetuam em algumas famílias a ideia de superioridade masculina, normalizando a violência contra mulheres e minando seus direitos e dignidade.
A violência doméstica são possíveis indicadores deste tipo de crime, O ciclo de abuso, caracterizado por tensões crescentes e explosões violentas, algumas vezes culmina em tragédia. O agressor pode sentir que a vítima está escapando de seu controle, levando ao extremo da violência. Essa dinâmica de poder e controle em relacionamentos também é uma das principais causas associadas ao assassinato de mulheres. Agressores muitas vezes buscam controlar todos os aspectos da vida da vítima, minando sua autoestima e independência. Quando a vítima tenta se libertar dessa relação, o agressor pode reagir violentamente para manter seu domínio. É de vital importância ter consciência desta dinâmica, e tomar consciência que está sendo “encarcerada”” e na busca por sua liberdade, é sujeito que aconteçam excessos que destabilize ainda mais o emocional do parceiro, demonstrando a necessidade real de realizar essa busca de forma responsável, sem o embate direto com palavras agressivas que também contribuem ao risco do crime. Afinal, todos somos responsáveis por nossas vidas, e a ideia de postura ideal esperada do parceiro, na prática, é possível que não aconteça. Cuidado
Sentimentos de posse também contribuem para o crime, a ideia de que as mulheres são propriedade do parceiro, é sujeito levar a explosões de raiva quando a vítima expressa independência ou interage com outros, e é aí que o ciúmes descontrolado podem desencadear situações perigosas. Alguns agressores têm dificuldade em lidar com sentimentos de possessividade e insegurança, o que leva possivelmente a explosões de raiva e violência. Esses sentimentos exacerbados podem culminar em comportamentos letais quando a vítima interage com outras pessoas ou tenta encerrar o relacionamento. Demonstrando a necessidade de ter cuidado com a escolha do momento e das palavras para sair da relação.
Eventos de vida estressantes, como divórcio, separação, problemas financeiros ou desemprego, podem aumentar a probabilidade de comportamentos violentos. Em momentos de crise, algumas pessoas podem se sentir acuadas e reagir com violência para recuperar o controle percebido da situação. Procure o melhor momento para conversar e a melhor forma.
A baixa tolerância à rejeição é um fator psicológico que pode desencadear comportamentos de violência extrema. Alguns agressores sentem que a rejeição é uma ameaça à sua autoimagem e autoestima, o que pode levar a respostas agressivas para restaurar seu senso de poder e importância. Converse quando estiver em local seguro.
O medo de denunciar e a falta de apoio profissional também são causas de manter mulheres em relacionamentos abusivos. O acompanhamento por um profissional experiente no assunto pode contribuir com a experiência trazendo à pessoa possíveis práticas que facilitem a resolução dos conflitos de forma segura e prática. Gerenciando os cuidados necessários para que todos consigam dar continuidade a sua vida de forma mais harmônica e responsável.
O assassinato de mulheres em relações afetivas é um problema complexo e multifacetado que não pode ser reduzido a uma única causa, sendo crucial adotar uma abordagem multidimensional, abordando as causas sistêmicas, culturais e psicológicas. Existem profissionais especializados na dinâmica dos relacionamentos, em como gerenciar boas práticas familiares, a fim de trazer equilíbrio às famílias, A conscientização a esse respeito, é fundamental para gerenciar uma vida segura, levando todos nós a um mundo mais seguro para todos.
Lauro Henrique, especializado no atendimento de casais.
Diretor do Instituto da Paz