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PASSAGENS AÉREAS

Com tarifa “mais cara do planeta”, Jayme propõe abertura de ‘caixa preta’ das aéreas

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Da assessoria

Um dos mais duros críticos dos serviços e das tarifas praticadas no setor aéreo, o senador Jayme Campos (União-MT) sugeriu que seja feita a abertura do que chamou de ‘caixa preta’ das companhias aéreas que exploram a malha viária brasileira.

O preço das passagens aéreas, regionalização de voos, programas de milhagens e reservas foram alguns dos tratados durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta terça-feira, 5.

Durante os debates com representantes do Governo e das empresas, Jayme Campos mencionou os rumores sobre a existência de cartel operando no setor e lembrou que as companhias aéreas brasileiras cobram a passagem “mais cara do planeta”.

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Ele citou como exemplo o valor de R$ 3.480,00 que ele próprio pagou por um voo de 1 hora e 15 minutos de duração entre Brasília e Cuiabá.

“Isso é um estupro no cidadão, que não tem a quem recorrer e estão cobrando de nós uma solução” – ilustrou.

Apesar dos valores das tarifas, as empresas aéreas relatam prejuízos, a exemplo da Gol Linhas Aéreas, que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos e apresentou uma dívida superior a R$ 20 bilhões. Campos disse ser incompreensível essa situação, especialmente pelo fato de que essas empresas operam voos com aeronaves completamente lotadas.

Desde o ano passado Jayme Campos tem se colocado como um crítico das operações no setor aéreo nacional. Sobretudo, quanto aos valores das passagens aéreas. Em pronunciamento no plenário, disse que empresas aéreas brasileiras têm o dever de explicar como estão fazendo sua composição de preço.

Para o senador mato-grossense, é preciso abrir a contabilidade das companhias aéreas que ainda operam no Brasil. Ele defendeu que haja completa revisão do modelo de operação e mencionou a possibilidade de até mesmo se promover alterações na legislação, a depender dos resultados a serem apresentados pelas aéreas, para uso de parte dos recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil, que conta com R$ 30 bilhões. O FNAC é destinado a financiar infraestrutura aeroportuária em aeroportos públicos.

Jayme Campos também cobrou respostas da Agência Nacional de Aviação Civil quanto a abertura da concorrência no mercado, com operação de outras companhias. Para ele, o setor se mostra lucrativo, apesar dos altos custos envolvidos na operação. Fato é, segundo ele, que “o cidadão está sofrendo”, inclusive, com o tratamento que é dispensado pelas aéreas, e, com isso, exigindo respostas clara por parte da classe política. Ele criticou duramente o número reduzido de voos, citando como exemplo novamente a ligação Brasília-Cuiabá.

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