DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O Instituto INCA-Inclusão, Cidadania e Ação realiza em Cuiabá a segunda edição do projeto social “Despertar para o Autismo”, destinado ao público geral que necessita conhecer mais sobre as pessoas com espectro autista, as características e as condições, visando melhorar os cuidados e a inclusão social dos autistas.
O projeto será realizado em dois dias, 18 e 19 de dezembro, na Escola Cívico Militar Professora Maria Dimpina Lobo Duarte, das 19h às 22h.
O projeto conta com palestra e roda de conversa conduzida pela presidente do Instituto Psicossocial Renascer do Autismo – IPRA, Juliana Fortes. As vagas são gratuitas. limitadas em 60 inscrições, com lanche todas as noites.
“Esta segunda edição vem com a palestra – Uma Sociedade mais Inclusiva-, que é um tema importante para a sociedade. Porque quando a gente dala do TEA – Transtorno Espectro Autista, a gente às vezes esquece que poucas famílias tem melhores condições financeiras e desenvolvem um tratamento bom para o filho, fazendo as terapias corretas e acompanhamento médico. No entanto, muitas crianças não têm esse apoio. Grande parte passa por necessidades, pois o tratamento tem custo elevado, e a família precisa de um apoio emocional, de comida e de tratamento médico que é muito difícil conseguir de forma pública, ou seja, gratuitamente”, destaca o coordenador do projeto Despertar para o Autismo, Juciney Fernandes.
Enfatiza ainda que o poder público está abrindo os olhos aos poucos a respeito da importância das pessoas com TEA terem amparo social na Saúde Pública. E o Despertar para o Autismo, patrocinado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setac-MT), via emenda parlamentar do deputado estadual Wilson Santos, vem para alavancar e mostrar caminhos, situações em que as famílias, os pais, cuidadores, educadores e as crianças possam ter um alívio emocional e de Saúde para seguir essa jornada de inclusão, e apoio de forma geral.
O pré-conceito ainda existe. Muitas pessoas sofrem do espetro durante anos, sofrendo rótulos, não se encaixando em lugares e situações e só descobrem que possui um tratamento e suas vidas mudam completamente a partir do diagnóstico.
É importante ressaltar que a pessoa autista não sofre de uma doença, o que é comumente confundido. E o objetivo do projeto Despertar para o Autismo é mostrar e compreender a vivência de mães de crianças com autismo, por meio de palestra e roda de conversa com profissionais, pais e pessoas com autismo, compartilhando informações e saberes sobre o Transtorno de Espectro Autista (TEA).
A conscientização sobre o autismo desempenha um papel vital em várias frentes. Não só fomenta a aceitação e a inclusão das pessoas com autismo na sociedade, mas também combate o estigma e o preconceito. Além disso, é essencial para disseminar conhecimento, facilitando o diagnóstico e a intervenção precoce.
ENFRENTAMENTO
A falta de conhecimento traz o bullying, falta de tolerância, de respeito e julgamentos quando o autista sai do seu “eu”, fugindo dos padrões da “normalidade”. Além de muitas famílias serem desfeitas, onde, em sua maioria ocorre a separação dos pais, por não saberem lidar em conjunto com o transtorno. Portanto, é preciso compreender para conhecer as diferenças.
Existem dois dias importantes no calendário. Em 02 de abril é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo e em 18 de junho o Mundial do Orgulho Autista
O projeto Despertar para o Autismo visa preparar a sociedade para a inclusão, por meio da informação, uma vez que a pessoa autista pode também ter comorbidades e excepcionalidades associadas ao transtorno.
Dentre as comorbidades existem alguns relacionados a alergia ao leite, surdez ou transtorno da linguagem, por exemplo. E quanto as excepcionalidades, elas estão ligadas a problemas neurológicos associados ao autismo, como o TDAH (Transtorno do Défict de Atenção com Hiperatividade) ou TOD (Transtorno Opositor Desafiador).
Desta forma, a pessoa autista pode ser enquadrada em níveis, que variam de acordo com a autonomia e comprometimento das habilidades sociais e motoras, podendo também a pessoa oscilar entre esses graus no decorrer dos anos, quando diretamente ligado a estímulos de aprendizagem ou a acontecimentos traumáticos.
SERVIÇO
Para participar os interessados podem comparecer na Escola Cívico Militar Professora Maria Dimpina Lobo Duarte, das 19h às 22h, localizada na avenida Fernando Corrêa da Costa, 4695 – Chácara dos Pinheiros, em Cuiabá (MT). Mais informações pelo contato de telefone whatsapp (65) 98472-7156.