A Controladoria Geral do Estado (CGE) abriu processo administrativo contra o delator premiado e ex-secretário adjunto da Secretaria de Transportes e Pavimentação Urbana de Mato Grosso (Setpu), Valdísio Juliano Viriato.
O despacho foi publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso de quinta-feira (3), que circula um dia depois. Se comprovado, Juliano Virato deverá responder judicialmente por crimes de infrações disciplinares dentro do Executivo.
A decisão ocorre após o ex-secretário fechar um acordo de delação premiada com declarações que envolvem o ex-governador Silval Barbosa no âmbito da 5ª fase da Operação Sodoma, que desmantelou um esquema de fraudes em licitações, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas.
5ª fase Sodoma
Segundo o Ministério Público, uma organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval Barbosa teria cobrado propina de empresários, entre os anos de 2011 e 2014, para fraudar licitações e manter contratos de fornecimento de combustível, para a frota do governo do estado, e com uma empresa de informática.
Na época, Valdisio estava em Santa Catarina, quando preso em sua residência e depois recambiado para Cuiabá.
Na ação penal da Sodoma 5, são réus, além de Viriato: o ex-governador Silval Barbosa; os ex-secretários de Estado Francisco Faiad, Cesar Zílio e Pedro Elias, o ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Cesar Corrêa Araújo, o ex-secretário adjunto de Administração, José de Jesus Nunes Cordeiro, os empresários Juliano Cezar Volpato e Edézio Corrêa, e os ex-servidores da Secretaria de Transportes, Alaor Alves Zeferino de Paula e Diego Pereira Marconi.