O presidente Jair Bolsonaro (PL) viajará neste fim de semana ao Reino Unido para participar do funeral da rainha Elizabeth II . A ida do chefe do executivo federal à Inglaterra vai prejudicar dois aliados: Arthur Lira (PP) e Hamilton Mourão (Republicanos).
A lei autoriza que o presidente da República que disputa à reeleição siga no cargo durante o período das eleições. No entanto, caso ele precise deixar a função temporariamente, o seu sucessor não poderá estar concorrendo para ocupar algum cargo público.
Como Bolsonaro vai para Londres , ele precisará ser substituído pelo seu vice Mourão. O problema que o general da reserva concorrer por uma cadeira do Senado pelo Rio Grande do Sul, ou seja, se vier a ser presidente no período eleitoral, automaticamente fica inelegível.
Hamilton não poderá ficar no Brasil e viajará para o Peru. Sendo assim, o próximo na linha sucessora é Arthur Lira. Porém, o presidente da Câmara luta para ser reeleito por Alagoas. Para também não ficar inelegível, o parlamentar irá para Nova York e participará da Assembleia Geral da ONU. Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, é quem ficará responsável pelo poder executivo federal.
A viagem do chefe do executivo federal tem sido lamentada tanto por Lira quanto para Mourão. Os dois não queriam deixar o Brasil faltando poucos dias de ocorrer às eleições 2022 . Ambos gostariam de continuar nas ruas dos seus respectivos estados para serem eleitos e também ajudar aliados.
Arthur Lira é o mais incomodado
Mourão não gostou de ter que viajar ao Peru, mas não fez reclamações enfáticas para a campanha de Bolsonaro. Inclusive, na visão do general da reserva, o presidente poderá mostrar uma imagem mais diplomática, tentando diminuir as críticas de ser um líder “isolado”.
Porém, Lira não possui da mesma opinião. Ele considera que a viagem não surtirá efeito eleitoral, porque as pautas colocadas pelos eleitores são a fome, o desemprego e a inflação. O deputado também vive uma disputa acirrada com Renan Calheiros em Alagoas.
O seu candidato ao governo, Rodrigo Cunha (União Brasil), tem lutado para ser eleito contra Paulo Dantas (MDB), apoiado pelo senador emedebista. Vencer no estado se tornou uma questão de honra para o presidente da Câmara.
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Fonte: IG Política