Bezerra avalia que governo Bolsonaro prejudicará MT

Diante de declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), que critica o sistema de licenciamentos ambientais e chegou a chamar de “indústria das multas” o trabalho que é realizado por órgãos de proteção, como do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), além de se declarar contrário a demarcações de terras indígenas, o deputado federal Carlos Bezerra (MDB) avalia que tal postura no governo federal deve atingir de forma negativa o Estado de Mato Grosso e o Brasil.

“Vai prejudicar muito a imagem do Brasil no exterior. O Brasil é um país frágil, economia muito fragilizada. Vive do comércio exterior de commodities, de vender ferro, alguns minérios, soja, milho e carne. O comércio exterior depende da imagem que o país tem. Se o país não tem uma imagem boa, ele será prejudicado no comércio exterior. Eu temo isso”, afirmou ao . 

Dentro do rol de commodities que o Brasil exporta e que é composto majoritariamente por produtos mato-grossenses, estão os derivados da agricultura e pecuária. Em 2017, o setor produtivo já sentiu o impacto da operação “Carne Fraca”, da Polícia Federal, perdendo mercados que somente foram recuperados aos poucos, até o final do ano passado, com Blairo Maggi (PP) à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Afirmando que a postura de Bolsonaro representa um “risco grande” para o Brasil e, consequentemente, para Mato Grosso, Carlos Bezerra citou como exemplo, o caso da China, que foi alvo da declaração de Bolsonaro, antes dele ser eleito, de que queria “comprar o Brasil”. O caso gerou repercussão e, em um editorial de jornal chinês, em outubro, o governo daquele país alertou o então candidato sobre os prejuízos que o Brasil poderia sofrer caso relações comerciais fossem encerradas. 

“A China hoje é o maior parceiro nosso. Se a China parar um ano de comprar soja daqui e os nossos produtos, nós estamos quebrados! Vai ser a maior recessão da história do Brasil”, comentou Bezerra.

Para ele, “a coisa é muito melindrosa, precisa ser tratada com muita cautela”, se referindo à política externa, que acaba afetando a economia do país.

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