Correndo risco de ser cassada e ter os seus direitos políticos suspensos por 8 anos, a senadora Selma Arruda e o PSL contrataram o escritório do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, para fazer sua defesa na justiça eleitoral.
Ela responde uma Ação deInvestigação Judicial Eleitoral (Ajei) na qual é acusada de abuso de poder econômico e utilização de caixa 2 durante as eleições do ano passado.
Procurada pela reportagem, a assessoria da senadora disse que a contratação de Ayres Britto é uma estratégia de defesa.
O TRE também reprovou, por unanimidade, as contas de campanha da senadora. No início do mês o Ministério Público Federal (MPF) solicitou a cassação de Selma e seus suplentes e pediu novas eleições em Mato Grosso para a vaga.
Para o Ministério Público Federal, as apurações e a quebra de sigilo bancário da senadora e seus suplentes comprovariam que a ex-juíza contraiu despesas de natureza tipicamente eleitoral de, no mínimo, R$ 1.246.256,36, as quais foram quitadas com recursos de origem clandestina que não tiveram regular trânsito pela conta bancária oficial, diz trecho do relatório.
A ação contra Selma pelas supostas irregularidades é movida pelos candidatos derrotados na disputa ao Senado Federal, Sebastião Carlos (Rede) e Carlos Fávaro (PSD) e pelo Partido Social Democrático estadual.
Selma Arruda nega as acusações e diz que responderá nos autos do processo os pedidos de cassação feito pelo MPF.