Uma mulher não identificada, de 34 anos, teria sido agredida por policiais militares com um soco na boca, após uma audiência em frente ao Fórum de Cuiabá, na última terça-feira (14). Segundo o advogado, a mulher se revoltou por que o ex-marido ofereceu R$ 200 de pensão, ela teria se descontrolado e a polícia foi chamada para intervir.
A confusão acontecia no estacionamento do Fórum, envolvendo a mãe das crianças, o ex-marido e a advogada que faz a defesa dele. “Um policial deu um soco na boca dela, que resultou em oito pontos no local. O pior, é que ela ainda foi presa e no boletim de ocorrência os policiais registraram que ela teria caído no chão, e por isso se machucou”, relata advogado Waldir Caldas.
Ela e seu ex-marido estavam no Fórum para uma audiência em que ela cobrava o pagamento de pensão referente ao dois filhos do casal. A situação foi presenciada pelo advogado Waldir Caldas, que passou a fazer a defesa da vítima.
“Consegui a identificação dos policiais envolvidos na ocorrência e, inclusive, do policial que deu o soco na vítima. Vamos registrar um boletim de ocorrência contra eles e ir até o fim. Eles que se preparem, pois vem chumbo grosso pela frente”, afirmou Caldas.
Em depoimento na delegacia, após ter sido presa, a mulher confirmou ter dado dois socos no carro da advogada, porque “ela teria debochado de sua cara”. Também confirmou ter se exaltado e xingado os policiais, porém, desmentiu a queda, alegando que o ferimento foi ocasionado por um tapa ou soco.
Outro lado
Segundo os policiais em boletim de ocorrência, eles foram acionados por que uma mulher não deixava o carro de uma advogada sair do estacionamento do Fórum, a mulher desobedeceu as ordens para se afastar do veículo da advogada, resistiu à prisão e caiu no chão. A queda teria ocasionado o ferimento na boca dela, conforme o boletim de ocorrência.
Assessoria da Polícia Militar
“A Corregedoria da Polícia Militar não recebeu denúncia referente a essa ocorrência, porém já está levantando documentos e solicitando informações junto à Coordenadoria Militar do Tribunal de Justiça para adoção das medidas necessárias à apuração da conduta do policial militar”.