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Presidente do BC diz que recuperação foi interrompida

O Banco Central trabalha atualmente apostando na retomada do processo de recuperação econômica do país. Segundo disse na manhã desta quarta-feira (22) o presidente da instituição monetária, Roberto de Oliveira Campos Neto, tal processo foi interrompido recentemente, mas o próprio mercado aposta da volta do crescimento.

“Avaliamos que o processo de recuperação gradual da atividade econômica sofreu interrupção no período recente, mas o cenário básico do Banco Central contempla a sua retomada adiante. Esta hipótese se sustenta, entre outros fatores, no crescimento da confiança empresarial medida pela FGV”, disse Campos Neto na abertura do Seminário de Metas para a inflação.

Ele enfatizou que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros (Selic) em seu menor patamar histórico, de 6,5%, reflete o cenário básico do Banco Central.

Sem detalhar quais foram, Campos Neto lembrou que “a economia sofreu diversos choques ao longo de 2018 que produziram impactos sobre a economia e aperto relevante das condições financeira” que frearam o avanço do país.

“Mesmo após cessar os seus impactos diretos, esses choques devem ter reduzido sensivelmente o crescimento que a economia brasileira teria vivenciado na sua ausência”, disse ao comentar as reduções das projeções do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019 e 2020. Na segunda-feira, o boletim Focus, do próprio Banco Central, apontou que a previsão para o PIB de 2019 foi reduzida para 1,24%, na 12ª queda seguida do indicador.

“Os indicadores disponíveis sugerem probabilidade relevante de que o PIB tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre do ano na comparação com o trimestre anterior após considerados padrões sazonais”, destacou.

Para garantir a retomada, Campos Neto enfatizou a necessidade do país manter a agenda de reformas.

“Diante de um quadro de continuidade das reformas e ajustes, manteremos a inflação baixa e estável, e haverá impactos positivos para a redução da taxa de juros estrutural, viabilizando um processo sustentável de recuperação da economia”, afirmou.

“Os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções das expectativas de inflação”, completou.

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