Genro de Arcanjo, Giovanni Zem presta depoimento à GCCO

Preso na ‘Operação Mantus’, Giovanni Zem Rodrigues, que é acusado de dividir a liderança da “Colibri” com o sogro, João Arcanjo Ribeiro, prestou depoimento na sede da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) na tarde desta terça-feira (4).

Estão sendo ouvidos também Bruno Almeida dos Reis, Alexsandro Correia, João Henrique Sales de Souza, Mariano Oliviera e Marcelo Gomes. Todos presos desde quarta-feira (29), quando foi deflagrada a operação que investiga a organização criminosa.

A polícia apura indícios e provas da participação de Giovanni na organização denominada de “Colibri”, com quem ele dividiria a liderança com João Arcanjo Ribeiro.

Quebra do sigilo bancário de Giovanni revelam que no período aproximado de um ano e meio, suas contas bancárias movimentaram o valor de R$ 2.786.770,42. Além disto, em uma de suas contas, foi creditado o montante de R$ 701.898,85, sendo que alguns destes depósitos chamam a atenção por terem sido efetuados no mesmo dia e valor, além de não haver identificação.

Já Arcanjo deve ser ouvido pelo GCCO na quinta-feira (6). Ele cumpria pena em casa há 1 e 4 meses, desde que conseguiu a progressão do regime para semiaberto em fevereiro de 2018. Esta é a 2º vez que ele é alvo de inquérito por participação no jogo do bicho.

Foi identificado ainda uma acirrada disputa de espaço pelas organizações, havendo situações de extorsão mediante sequestro praticada com o objetivo de manter o controle da jogatina em algumas cidades.

Operação Mantus

As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso, e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões. Uma das organizações é liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra é liderada por Frederico Muller Coutinho.

No total, foram expedidos 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.

Os suspeitos vão responder pelo crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro, contravenção penal do jogo do bicho e extorsão mediante sequestro, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos.

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