Botelho convida chefe do MPE para esclarecer grampos

Presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), sinalizou nesta quinta-feira (18), que deve convidar o procurador-geral de Justiça, José Antonio Borges,  para prestar esclarecimentos sobre o suposto envolvimento de membros do Ministério Público Estadual nos grampos telefônicos ilegais.  No entanto, Botelho esclareceu que é preciso aguardar a tramitação dos novos depoimentos.

“Vamos esperar para conversar com o procurador-geral para ele explicar as providências que ele está tomando para os deputados terem mais ciências de mais depoimentos e depois ver se realmente há essa necessidade”, disse.

Na quarta-feira (17), a deputado estadual Janaina Riva (MDB), utilizou a tribuna para cobras explicações ao Procurador. Durante a sessão, Janaina revindicou que José Antonio comparecesse a casa de leis para se explicar.

“Pedi ao presidente desta Casa, o deputado Eduardo Botelho(DEM), que convide o Procurador Geral de Justiça, José Antonio Borges, para prestar esclarecimentos sobre o assunto na Assembleia Legislativa”,  disse.

O pedido da parlamentar ocorre após novo depoimento dos coronéis Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco, ao juiz Marcos Faleiros, e do cabo da Polícia Militar, Gerson Corrêa a 11ª Vara Militar de Cuiabá. Durante o reinterrogatórios, foi acusado entes do Ministério Público Estadual de participar das interceptações ilegais, conhecidas como Grampolância Pantaneira.

Dentre os envolvidos estariam o ex-coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), promotor Marco Aurélio de Castro e o ex-procurador geral do órgão fiscalizador, Paulo Prado que teria doado, inclusive, a placa Wytron, que pertencia ao Gaeco, para que as interceptações fossem realizadas.

Janaina Riva (MDB) já havia sido interceptada ilegalmente, a pedido do Ministério Público, nas investigações da Operação Metástase. Ao fazer o requerimento, Janaina afirmou que os novos fatos apresentados pelos militares são “vergonhosos” e expõe uma “banda podre” do MP.

“A sociedade precisa de uma resposta, sobretudo, que os culpados sejam punidos com a mesma mão de ferro que o MPE usa para acusar aqueles que não fazem parte da instituição. Ou os fins justificam os meios?”, finalizou.

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