A senadora Selma Arruda (PSL) e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional de Mato Grosso, Leonardo Campos, entraram em rota de colisão, após a publicação de um artigo da parlamentar nesta segunda-feira (05), em alguns sites de Cuiabá.
Na publicação, Selma saiu em defesa do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que é acusado de ter praticado interceptações telefônicas sem autorização judicial em pelo menos 15 operações do Gaeco.
Essas informações vieram à tona após revelações feitas pelo cabo PM Gérson Corrêa em reinterrogatório prestado à decima primeira Vara da Justiça Militar, em julho passado, onde o militar acusou promotores do Gaeco de terem feito “barriga de aluguel”, quando o telefone de uma pessoa, que não é investigada, é inserido dentro de uma investigação criminal.
A senadora diz que os ataques seriam de “meliantes travestidos de advogados, cujas teses mirabolantes são formuladas de modo a encontrar destinatários certos no Judiciário”.
Em um trecho da nota, Arruda afirma que a OAB compõe o circo e que se omite a combater aos corruptos.
“Enquanto isso, a OAB faz questão de compor o circo, como se não fosse público e notório o interesse de alguns de seus membros na anulação das operações, tanto da Lava-jato como em Mato Grosso. A OAB até agora omitiu-se no combate aos corruptos. Agora, se levanta na defesa desses criminosos e, agindo por interesse próprio, acaba enchendo de lama os nomes de muitos advogados honestos, que sequer foram consultados a respeito. ”, diz trecho.
O presidente da OAB, Leonardo Campos, se pronunciou sobre o assunto durante entrevista ao Programa Emparedado, da TV Gazeta, canal 19.1, no qual fez duras críticas dizendo que a manifestação de Selma Arruma é fruto de desespero, e que a senadora passou de “paladina da moralidade, a condenada, no TRE e investigada, nos grampos ilegais”.
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