Subiu para 15.718 o total acumulado de focos de calor em Mato Grosso desde 1º de janeiro de 2019. Somente nos últimos nove dias, foram 2.036 novos focos de calor.
O aumento em relação ao mesmo período do ano passado, de janeiro até 28 de agosto, já é de 90%. Amazônia segue sendo o bioma mais atingido, com 63% do total de focos do ano.
Somente no período de proibição, iniciado em 15 de julho, Mato Grosso acumula 8.268 focos de calor 175% de aumento em relação ao ano passado.
As regiões Norte e Noroeste de Mato Grosso são as mais afetadas. O município de Colniza permanece na triste liderança, com 10% do total de focos desde o início do ano e 22% das ocorrências no período de proibição.
Aripuanã também permanece no topo, com o segundo maior número de focos no período de proibição de uso do fogo em Mato Grosso.
Em relação as categorias fundiárias, as áreas não cadastradas aumentaram sua parcela de focos, sendo 20% desde o início do ano e por 29% desde 15 de julho.
Os imóveis cadastrados no CAR, no entanto, permanecem com a maior fatia de focos de calor desde o início do período de proibição de uso do fogo, 45% do total.
O número de casos em terras indígenas é preocupante. A mais afetada é a Terra Indígena Paresi, com 338 focos. acumulados desde janeiro, seguida pela TI Pimentel Barbosa (289), Parabubure (267), Parque Indígena do Xingu (251) e Areões e Maraiwatsede, cada uma com 199 focos de calor acumulados desde janeiro.
Entre as unidades de conservação, os cinco mais afetados são o Parque Estadual Serra de Ricardo Franco e o Parque Estadual Serra de Santa Bárbara, próximos à divisa com a Bolívia, o Parque Estadual do Araguaia no Leste de Mato Grosso, a Estação Ecológica do Rio Roosevelt, no Noroeste e o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, próximo a Cuiabá.
Mapa de focos de calor em Mato Grosso em 2019:
Mapa de focos de calor em Mato Grosso no período de proibição:
Manchas de fumaça sobre Mato Grosso