Ex-cabo da PM fugiu da Rotam a 11 dias de ser julgado por homicídio

O ex-cabo da Polícia Militar Helbert de França Silva, que fugiu do batalhão da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), no último domingo (06), tem data marcada para comparecer no Tribunal do Juri. O julgamento está previsto para ser realizado no próximo dia 17 de outubro, no Fórum de Cuiabá.

Helbert é um dos militares presos na “Operação Mercenários”, que apura crimes de homicídio sob encomenda. Além dele, o agente prisional Edervaldo Freire também irá a julgamento pelos casos ocorridos em 2016.

Em julho deste ano, o ex-militar já havia sido julgado e condenado a 75 anos de prisão pelos crimes de homicídio consumado contra três vítimas e mais uma tentativa contra uma quarta pessoa no dia 13 de abril de 2016, em Várzea Grande. O crime ficou conhecido como “Chacina do Cristo Rei”.

No dia em questão, os acusados chegaram no local em um veículo e já desceram atirando contras a vítimas. Márcio Melo de Souza, Wellington Ormond Pereira e Vinicius Silva Miranda morreram em decorrência dos disparos. Apenas Alan Chagas da Silva sobreviveu, ele conseguiu pular o muro da residência e fugir.

Em junho, o ex-cabo também já havia passado por julgamento e condenado a 30 anos  pela morte de Luciano Militão da Silva e por tentativa de homicídio contra Célia Regina da Silva. As duas penas somadas totalizam 105 anos de prisão.

Fuga

Apesar de já ter sido julgado e condenado, o ex-PM deve passar por um novo julgamento, previsto para ocorrer nos próximos dias.

No entanto, Helbert que até então estava detido no Batalhão da Rotam por determinação judicial, fugiu do local no último domingo (06). Ele foi demitido da Polícia Militar no dia 1º deste mês.

Após a descoberta da fuga, equipes da polícia fizeram buscas internas no quartel e nas áreas que ficam no entorno. Endereços de parentes e outros locais foram procurados, mas o fugitivo não foi localizado.

De acordo com o Comando Geral da Polícia Militar, o caso está sendo apurado por meio de uma sindicância instaurada pelo comando do Batalhão Rotam cuja tramitação tem o acompanhamento da Corregedoria Geral da PMMT.

Helbert estava preso no batalhão com outros acusados de integrar o grupo de extermino, entre eles seis PMs, seis vigilantes, dois informantes, dois homens identificados como mandantes e um apontado como intermediário entre o grupo e os contratantes.

Confira a íntegra da nota da PM

O Comando Geral da Polícia Militar informa que determinou a instauração de procedimento para apurar a fuga do ex-cabo PM que cumpria prisão nas instalações do Batalhão ROTAM, ocorrida na tarde desse domingo(06.10). 

Equipes da PM realizarem diligências internas no quartel Rotam, em áreas do entorno, endereços de parentes e outros locais sem que o ex-militar fosse localizado. Em seguida o comando da unidade formalizou comunicado da fuga ao Comando Geral. E hoje(07.10) está sendo formalizado o ocorrido à 1ª Vara Criminal de Cuiabá.  

Apenado pela Justiça e expulso da PM em ato publicado na semana passada, o ex-cabo permanecia recolhido na unidade por conta de determinação judicial, ou seja, recurso interposto por sua defesa e acatado pela Justiça.

A fuga está sendo apurada por meio de uma sindicância instaurada pelo comando do Batalhão Rotam cuja tramitação tem o acompanhamento da Corregedoria Geral da PMMT.

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