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Posto em Cuiabá já testa equipamentos para receber GNV

O Posto Santa Elisa, localizado na Avenida Miguel Sutil com a General Mello, em Cuiabá, já testa os equipamentos para receber a carga de Gás Natural Veicular (GNV) para a revenda varejista. A esperada retomada da comercialização do combustível beneficia principalmente indústria e motoristas, tais como taxistas e aqueles  profissionais que utilizam aplicativos de transporte.

O contrato que assegura o fornecimento de gás natural da Bolívia para Mato Grosso foi assinado pelo governador Mauro Mendes em 26 de setembro, em Santa Cruz de La Sierra no país vizinho. A formalização garante a entrega de 1,5 milhão de metros cúbicos (m³) do combustível ao mês, sendo que o fornecimento iniciou nas indústrias em 1º de outubro.

O fornecimento contínuo no Posto Santa Elisa deve iniciar em breve após a finalização dos testes. Há um segundo posto que também está com os equipamentos em fase de revisão. Além do Santa Elisa, o Posto Ipê, no bairro Parque Cuiabá, fará os testes nos equipamentos.

“Um momento muito aguardado e histórico. Já abastecemos dezenas de veículos como teste e estamos contentes, porque foi uma luta do setor de revenda de combustíveis que beneficia o consumidor e o comércio local”, destacou Luiz Flávio Blanco, administrador do posto Santa Elisa, um dos representantes do Sindipetróleo (Sindicato que representa os Postos em Mato Grosso) nas discussões relacionadas ao GNV.

Blanco destaca que a expectativa é atingir a comercialização de 60 mil m³ em pouco tempo, o que deve ocorrer agora que o contrato garante o abastecimento e cria segurança jurídica para investidores, indústria local e motoristas que possuem ou irão instalar o kit gás no veículo.

A demanda atual de gás natural, conforme o presidente da Companhia Matogrossense de Gás (MT Gás), Rafael Reis, é de 140 mil m³ mensais, com a indústria e veículos já convertidos. “Temos o levantamento de uma curva de crescimento para chegar à demanda de 1,5 milhão de m³ mensal até o começo do ano que vem”, pontuou Reis.

Contrato

O fornecimento foi pactuado entre a Companhia Matogrossense de Gás (MT Gás) e a estatal boliviana Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos (YPFB), com a intenção de que, em curto prazo, seja criada uma sociedade entre as estatais para expandir a cadeia do gás natural.

Segundo informações do governo, a assinatura formaliza o fornecimento de 1,5 milhão de m³ mensais até dezembro de 2020, mas haverá a renovação automática do fornecimento por mais dez anos, caso não se concretize a formação da sociedade. O fornecimento iniciou nas indústrias em 1º de outubro.

Assinaram também o contrato o ministro de Hidrocarburos da Bolívia, Luis Alberto Sánchez Fernández, e o presidente da estatal de gás YPFB, Oscar Barriga Arteaga. Estiveram presentes durante a assinatura o presidente da Bolívia, Evo Morales, o secretário chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, os deputados estaduais Janaína Riva, Ondanir Bortolini (Nininho), Paulo Araújo e Max Russi.

GNV em Mato Grosso
O fornecimento de GNV começou em Cuiabá em 2005 com oito postos investindo entre R$ 300 mil e R$ 500 mil – cada – na comercialização do produto. No estado, 12 postos já possuíram os equipamentos, mas atualmente apenas dois têm equipamentos para esta comercialização.

O fornecimento do gás foi interrompido em agosto de 2018 por conta do imbróglio existente em relação ao transporte do produto via gasoduto. O transporte pelos dutos era realizado pela GasOcidente Mato Grosso (Gom) da Bolívia até chegar à empresa GNC Brasil. Esta, por sua vez, é a responsável por distribuir o produto para indústrias e postos de combustíveis e já está atuando.

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