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Justiça adia julgamento de ex-cabo da PM foragido

O julgamento do ex-policial militar Helbert de França Silva marcado para ser realizado nesta quinta-feira (17),  foi adiado para o dia 25 de março de 2020.

O ex-cabo está foragido do Batalhão de Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam), desde seis de outubro, um domingo.

O juiz, Flávio Miráglia Fernandes, em sua decisão, remarcou o julgamento do caso. Helbert é um dos acusados de integrar um grupo de extermínio denominado ‘Mercenários’ e já acumula 105 anos de prisão por crimes de homicídio.

Condenações

No dia 11 de junho, Helbert foi condenado pelo Júri Popular a 30 anos de prisão, pelo homicídio qualificado praticado contra Luciano Militão da Silva e por tentativa de homicídio contra Célia Regina da Silva.

No dia três de julho, ele foi condenado a mais 75 anos de prisão, pelo crime que ficou conhecido como a ‘Chacina do Cristo Rei’.

Chacina

No dia em questão, 13 de abril de 2016, por volta das 22h20, em Várzea Grande. Helbert  e seus comparsas chegaram no local, em um veículo e já desceram atirando contras a vítimas.

Márcio Melo de Souza, Wellington Ormond Pereira e Vinicius Silva Miranda morreram em decorrência dos disparos. Apenas Alan Chagas da Silva sobreviveu, ele conseguiu pular o muro da residência e fugir.

Fuga

Helbert que estava detido no Batalhão da Rotam, fugiu do local no domingo (06). Ele foi demitido da Polícia Militar no dia 1º deste mês.

Após a descoberta da fuga, equipes da polícia fizeram buscas internas no quartel e nas áreas que ficam no entorno. Endereços de parentes e outros locais foram procurados, mas o fugitivo não foi localizado.

De acordo com o Comando Geral da Polícia Militar, o caso está sendo apurado por meio de uma sindicância instaurada pelo comando do Batalhão Rotam cuja tramitação tem o acompanhamento da Corregedoria Geral da PMMT.

Helbert estava preso no batalhão com outros acusados de integrar o grupo de extermino, entre eles seis PMs, seis vigilantes, dois informantes, dois homens identificados como mandantes e um apontado como intermediário entre o grupo e os contratantes.

Mercenários

O Ministério Público de Mato Grosso aponta que o grupo “Os Mercenários”, formado por aproximadamente seis policiais, além de civis, se associaram mediante estrutura ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens de qualquer natureza, mediante a prática de assassinatos.

Durante as investigações, os integrantes do grupo possuíam todo um aparato para cometer crimes, como armamento sofisticado, rádio amador, silenciador de tiros e diversos carros e motocicletas com placas frias. Estima-se que dezenas de pessoas tenham sido vítimas do grupo.

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