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Ao longo da história dos Jogos Olímpicos, as técnicas de cronometragem evoluíram tanto quanto a performance dos atletas. Afinal, como diz o velho chavão, a diferença entre uma medalha de ouro, prata ou bronze está nos detalhes, nos mínimos detalhes. São centésimos de segundo que separam os vencedores dos quase vencedores.
Nos primórdios das Olimpíadas, a cronometragem era feita de modo manual.
Os árbitros determinavam, com o clique de um botão, qual tinha sido o tempo de cada atleta. Esse sistema perdurou até os anos 1960, mas, antes disso, já havia casos em que o cronômetro não era capaz de decidir o ganhador.
Por isso, ainda na década de 1930, os relógios ganharam o auxílio valioso de uma nova peça de tecnologia: a câmera.
A criação do “photo finish” (foto de chegada) trouxe mais precisão para determinar disputas muito parelhas.
O marco emblemático do uso dessa técnica veio na final masculina dos 100m rasos nos Jogos de Los Angeles-1932. Os americanos Eddie Tolan e Ralph Metcalfe cortaram juntos a linha de chegada.
Os cronômetros cravaram o mesmo tempo de 10s38 para os dois. O desempate só saiu no “photo finish”, com Tolan levando o ouro por ter sido o primeiro a cruzar a linha com seu corpo inteiro.
Os sistemas computadorizados de cronometragem tornaram a medição do tempo nas provas muito mais acurada.
E as câmeras modernas, capazes de registrar até 10 mil quadros por segundo, conseguem produzir fotos de chegada instantâneas e precisas.
Graças a essa evolução tecnológica, hoje em dia é possível determinar o vencedor até numa disputa tão equilibrada como a final dos 100m borboleta da natação em Pequim-2008.
Na ocasião, o americano Michael Phelps superou o sérvio Milorad Cavic por apenas um centésimo de segundo.