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RETORNO AO BRASIL

Em meio a pandemia, alunos da UFMT podem ficar “presos” na Colômbia

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Arquivo Pessoal/Reprodução

Em meio a pandemia do novo coronavírus, oito estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), enfrentam complicações para retornar ao Brasil.

Os estudantes integram um grupo de 31 brasileiros que estão em mobilidade acadêmica na Colômbia. Diante das fronteiras do país fechadas e o cancelamento recorrente de vôos para o Brasil, estes jovens não sabem quando conseguirão retornar ao Brasil. 

Com o fim próximo do semestre letivo na Colômbia, os estudantes estão próximos da vulnerabilidade no país vizinho.

Atualmente, as bolsas estudantis são a ajuda financeira que possibilitam a permanência deles no exterior, mas com fim do do semestre letivo, os estudantes estarão vulneráveis, ou seja, após o último pagamento, os jovens podem ficar sem estadia e alimentação.

Prevendo as dificuldades que os alunos já enfrentam, algumas universidades informaram que não poderão prorrogar o auxílio para os estudantes, caso precisem ficar no país devido à emergência global e a quarentena que o país enfrenta há 2 meses. 

Conforme informações obtidas, os vôos de retorno ao Brasil estavam marcados para junho/julho, no entanto, foram cancelados e os aeroportos encontram-se fechados até 30 de junho, e possivelmente não haverá circulação de voos internacionais quando houver a abertura. 

Segundo relato de uma das estudantes, Pollyana Rodrigues, ela retornaria ao país pela companhia aérea Avianca, no entanto, a empresa entrou em processo de recuperação judicial há poucos dias, deixando sua situação ainda mais delicada.

“Com o fechamento das fronteiras, o meu voo que era previsto para o dia 11 de junho foi cancelado, e a situação fica um pouco mais delicada também porque eu viajaria pela Avianca e a cia há poucos dias iniciou um processo de recuperação judicial. Não sei bem como funcionará mas a cia por exemplo, já tinha cancelado os voos desde março e cancelaram os voos de junho antes mesmo do novo decreto estendendo o fechamento das fronteiras sair. Eu dependo de auxílio e da moradia cedida pela Universidade e recebo a ultima bolsa no inicio de Junho e nada mais, assim também como posso me manter no alojamento até 26 de junho (fim do semestre)” disse a estudante de Comunicação Social.

Em meio a tantas incertezas, os brasileiros se organizaram para entrar em contato com o consulado em Bogotá por meio de uma carta, listando todos os motivos que justificam a urgência da solicitação para o retorno ao país. 

“Os brasileiros que atualmente se encontram na Colômbia e que se manifestam por meio desta carta, exortam aos órgãos consulares brasileiros a coordenação, juntamente com os órgãos competentes, a organização de um voo de repatriação humanitário e/ou apoio diante das necessidades que se desenham nesse cenário, como por exemplo a de estudantes com bolsas prestes a expirar”, diz trecho da carta.

De acordo com Pollyana, a Embaixada na Colômbia respondeu alegando ciência da carta mas que não há nenhuma previsão para um voo de repatriação próximo. 

De acordo com o posicionamento da UFMT, relatam que desde o início da pandemia no mundo, a Secretaria de Relações Internacionais (SECRI) está fazendo um trabalho constante de acompanhamento individual dos estudantes em intercâmbio. São mais de 50 alunos em 6 países afora.

A UFMT afirmou que em todos os casos cuja mobilidade ainda está em vigor, irá se articular para que, após a conclusão do intercâmbio e ainda durante a pandemia, os estudantes tenham o amparo devido das embaixadas brasileiras, garantindo o retorno ao Brasil.

Além dos estudantes da UFMT, estão na mesma situação alunos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Universidade Estadual de Goiás (UEG), Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Tiradentes (Unit) e Universidade Vale do Rio Verde (UninCor)

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