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ALMT - Posto TRE - Abril

AUXÍLIO A PROFESSORES

Botelho critica Mauro e Gallo em derrubada de veto; Mendes devolve, abra mão do orçamento anual

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Maurício Barbant

Em derrubada de veto do governador Mauro Mendes (DEM), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), tomou a tribuna e fez duras críticas ao governador e ao secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo. Já pelo outro lado, o governador sugeriu que a AL abra mão do orçamento anual de mais de meio bilhão de reais para pagar o auxílio aos professores contratados.

Segundo Botelho, o Legislativo aguardou uma proposta do Executivo quanto ao socorro aos interinos, mas nada foi feito. “Eu fiquei esperando uma proposta do Governo, até retiramos a mensagem de pauta. Pensamos em um voucher para os professores, que fosse de R$ 600. É legal dar um voucher para um ambulante? É, o Congresso aprovou. É legal dar para pessoas que estão sem renda? É legal, foi aprovado. E, porque não seria legal dar uma ajuda a esses professores que têm contribuído para o Estado?”, questionou Botelho.

A Assembleia Legislativa derrubou o veto do projeto de lei que prevê o pagamento de um auxílio emergencial de R$ 1,1 mil aos professores interinos do ensino público estadual. O veto foi derrubado com 16 votos na sessão matutina desta segunda-feira (22). Com a derrubada, o Governo deverá organizar mecanismos para que o auxílio seja repassado aos professores. A proposta irá atender a cerca de sete mil interinos.

“Não sou a favor de criar despesas desnecessárias para o Estado. Sou a favor e defendo o Estado enxuto. Defendo a reforma da Previdência, acredito que ela é necessária. Agora, neste momento, o Governo precisa mudar. E o Governo, em especial ao meu amigo, colega, companheiro governador Mauro Mendes, precisa começar a olhar para os pequenos neste momento”, defendeu o presidente.

Para Botelho o governador precisa começar a olhar para os pequenos, como os professores interinos. Eduardo já foi professor e disse: “Sofri. Sofria humilhações. Por que chegava um professor transferido e falava: perdeu sua vaga. E eu iria para outro lugar”, lembrou o presidente.

“E o governador, através do seu secretário de Finanças Rogério Gallo, só diz não para tudo que chega lá. Nós estamos começando a olhá-lo com outros olhos”.

O outro lado:

Mendes sugeriu que a Casa de Leis abra mão do orçamento anual de mais de meio bilhão de reais para pagar o auxílio aos professores contratados. A declaração é uma resposta a derrubada do veto pelos deputados a uma lei criada pelo Parlamento Estadual.

A lei que concede o auxílio, segundo o executivo estadual, é inconstitucional, já que a Assembleia Legislativa não pode criar despesas para o Executivo, portanto, deveria ser iniciativa do governo do Estado apresentar a proposta.

Em entrevista ao site  MídiaNews o chefe do Executivo Estadual disse. “Existe um problema técnico aí. Eu vou fazer uma ajuda para 64 mil pessoas que poderão ou não prestar serviço para o governo. Se for assim eu vou ter que dar ajuda para todo mundo, os desempregados. Seria um bom começo a Assembleia abrir mão do orçamento dela para a gente pagar essa conta”.

“Nós temos que trabalhar corretamente e não politicamente. Temos de aplicar a lei de acordo com o que ela é. Eu não vou fazer nenhum ato aqui para eu ficar respondendo por improbidade e nem que um secretário meu fique respondendo. Mas, o Parlamento está cumprindo seu papel e vamos ver como o governo vai interagir em relação a isso”, concluiu.

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