
FELIPE ZITO/GLOBOESPORTE.COM
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Felipe Melo tem em seu currículo disputa de Copa do Mundo e diversos títulos na Europa e no Brasil. Mas a conquista do Campeonato Paulista com o Palmeiras, no último sábado, contra o rival Corinthians, deu ao zagueiro de 37 anos um feito inédito: a primeira taça levantada como capitão.
Líder do elenco e peça importante do time de Vanderlei Luxemburgo, o atleta assumiu a faixa com a chegada da atual comissão técnica, em janeiro. Era um sonho para o jogador.
– Realizei um sonho ao erguer o troféu de campeão paulista, como capitão de um clube gigantesco como é o Palmeiras. Sem dúvida nenhuma é a realização de um sonho, mesmo com 37 anos e várias conquistas no currículo. Cada conquista é especial, mas essa se torna mais especial porque é um Dérbi e tive o privilégio de erguer a taça como capitão – afirmou Felipe Melo, ao ge.
Pela seleção brasileira, Felipe Melo conquistou a Copa das Confederações, em 2009. No Galatarasay, ele venceu o tricampeonato turco (2012, 2013 e 2015). No início da carreira, ele já havia conquistado a Copa do Brasil e o Brasileirão pelo Cruzeiro, em 2003. Mas nunca como capitão.
O atleta está no Palmeiras desde 2017. Ele, que já havia conquistado o Brasileirão de 2018, soma 156 partidas com a camisa alviverde, o que o deixa como o terceiro jogador do elenco atual que mais vezes entrou em campo pelo clube, atrás de Willian e Bruno Henrique.
Como zagueiro, Felipe Melo foi eleito para a seleção do Paulistão e também ficou com o prêmio de Craque da Galera do torneio estadual. Por isso e por todo o trabalho realizado pela comissão técnica até agora, a relação com Luxemburgo é motivo de elogios.
– Eu falei quando ele chegou que o Vanderlei era a melhor contratação que nós tínhamos feito na temporada. É um cara vencedor, um cara que tem uma luz que brilha muito, é iluminado e tem uma estrela que brilha bastante. Tem DNA de campeão, transmite isso para as pessoas que estão ao seu redor. Por isso que vencemos a primeira competição, que foi a Florida Cup, apesar de ser expressão pequena, mas foi um campeonato que ganhamos também do nosso rival – afirmou o jogador.
– Se não ganha (nos Estados Unidos) as pessoas iam falar que perdeu para o rival. Veio a segunda competição e vencemos o nosso rival novamente. Mostra toda sensatez de saber montar uma equipe, colocar os meninos na hora certa. Nós estamos felizes com o rendimento do trabalho que o Luxemburgo tem entregado. Tem nos ensinado a cada dia. Tendência é melhorar. A gente crê que grandes coisas estão por vir. Estamos trabalhando para isso – completou.
Felipe Melo tem contrato com o Palmeiras até o fim de 2021. Depois do título estadual, o Verdão agora concentra atenção para as disputas da Copa do Brasil, do Campeonato Brasileiro e da Libertadores. Na quarta, o time alviverde enfrenta o Fluminense no Rio de Janeiro, às 21h30.
Final sem torcida no estádio
– É a minha primeira disputa de título sem torcida. Muito ruim, confesso, em todos os sentidos. Quando jogamos fora de casa também, não tinha torcedor para xingar. É difícil. A adrenalina é combustível para nós. Quanto mais torcedores, melhor. Foi complicado, mas temos de entender esse momento delicado que o mundo vive.
Garotada do Palmeiras
– A molecada é peça fundamental no projeto, no elenco, no clube, assim como os veteranos também. Eu me sinto um cara fundamental, como o Jailson, os outros mais rodados. É muito bom. Nunca vi um time só de garoto vencer, tampouco só de veterano. Vejo essa mescla de experiência com juventude como algo muito bom.
– Vejo os atletas jovens com potencial muito grande para terem voos bem altos. O Palmeiras tem feito a sua parte, dado todo suporte, tem sido paciente com eles, não queimando etapas. Se você queima etapas quando está começando pode ser fatal para a carreira do atleta. O Palmeiras tem sido cirúrgico. Eles tomam dura quando precisa, escutam, querem aprender.
– Eu, com 17 anos, ganhei meu primeiro título mesmo não jogando, mas fazia parte do elenco. Bem precoce comecei a ser campeão, e isso é bom para eles também, precocemente ser campeão podendo ajudar. A tendência é crescer. A gente torce para esses meninos serem o futuro, inclusive da seleção brasileira.
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