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ALMT - Posto TRE - Abril

EM BUSCA DE RESPOSTAS

Reconstituição da morte de adolescente dura 7 horas em Cuiabá

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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REPRODUÇÃO

A reconstituição da morte da adolescente Isabele Ramos, de 14 anos, atingida com um disparo de arma de fogo na região da face, durou cerca de 7 horas no condomínio Alphaville, onde ocorreu o crime, em Cuiabá, no dia 12 de julho.

De acordo com informações, a simulação dos fatos começou por volta das 18h30 dessa terça-feira (18) e seguiu até às 1h40 da madrugada desta quarta-feira (19).

A defesa da família Cestari alega que o disparo que matou Isabele foi de forma acidental.

Na reconstituição, todas as pessoas intimadas pela Polícia Civil compareceram no local, exceto a adolescente autora do disparo.

A defesa da dela protocolou um pedido na tarde de segunda-feira (17) informando que ela não participaria da reconstituição, pois não tinha condições psicológicas.

A menina foi representada por uma pessoa que tinha estatura e pesos compatíveis.

Foram reproduzidos todos os movimentos realizados pelos envolvidos no caso para apontar a compatibilidade das versões apresentadas na investigação. A simulação foi feita com três disparos.

Pelo menos 41 profissionais entre investigadores, escrivães, delegados e peritos foram designados para a reconstituição na noite desta terça-feira (18).

LAUDO

O corpo da estudante estava dentro do banheiro e o laudo pericial aponta que o disparo ocorreu a uma distância de 20 a 30 centímetros de maneira reta, ou seja, alguém apontou a arma. O estanho atravessou o crânio de Isabele e saiu na parte de trás da cabeça.

ENTREVISTA

Em entrevista ao Olhar Direto, a empresária Patrícia Guimarães Ramos, mãe de Isabele, revela que possivelmente o motivo da morte de sua filha teria sido ciúmes e uma possível briga entre a amiga e o namorado.

“Eu, como mãe, acredito que aconteceu algo entre elas. Acho que de repente ciúmes. Pois a minha filha sempre dizia que o relacionamento dela [atiradora e o namorado] tinha um lado bastante conturbado. Eles brigavam muito. Tinha muito ciúmes entre eles. De fato, eu acredito que aconteceu alguma coisa. Mas, o que eu também penso como mãe é que se essa garota não tivesse um acesso a uma arma, se ela não fosse praticante de tiro, ela teria apenas bloqueado minha filha no Instagram ou mandado ela ir embora. Mas, ela estava com uma arma na mão, agiu por impulso e matou minha filha. Eu acho que pode ter ciúmes do próprio namorado”, disse Patrícia.

De acordo com o inquérito, o namorado da atiradora seria o responsável por ter levado a arma até a casa, no condomínio Alphaville. Ele teria transportado o case com duas armas, sendo uma pistola e um revólver para que o empresário Marcelo Cestari realizasse alguns ajustes.

E por não querer retornar com a arma para casa, ele pediu que Marcelo a deixasse guardada em sua residência.

“Ele não estava na casa. Eu estou convencida. Vi imagens. Mas se me perguntar se ele contribuiu, eu não posso falar com certeza. Fiquei sabendo que ele apagou as mensagens. O fato é que ele sabe o que aconteceu. As pessoas que estavam lá sabem sim o que aconteceu. Eu espero que alguém conte a verdade e que a verdade seja dita. Seja um vizinho, seja o namorado. Eu acredito que vai acontecer”, comentou a empresária.

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