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GALO PARAGUAIO

Atlético-MG não sustenta a intensidade, volta a jogar só um tempo e tropeça de novo

Pela segunda vez na “era Sampaoli”, o Atlético-MG teve dois tropeços consecutivos.

O empate com o Fluminense e a derrota por 3 a 1 para o Bahia custaram a liderança do Brasileirão (vale lembrar: o Galo tem um jogo a menos que Inter e Flamengo).

As duas partidas tiveram um principal ponto em comum: o time jogou o que se espera por apenas um tempo. De novo, não foi suficiente.

A característica mais marcante do Galo de Sampaoli, destacada pelos próprios jogadores, vinha sendo a intensidade e a busca incessante pelo gol, independentemente do placar e do local.

Foi exatamente o que faltou nos últimos dois jogos. Contra o Fluminense, em casa, o time entrou sonolento e saiu atrás.

“Voltou ao normal” no segundo tempo, mas parou em Muriel e conseguiu apenas empatar. Contra o Bahia, longe de BH, foi o contrário.

Defesa do Atlético-MG lamenta o primeiro gol do Bahia — Foto: TIAGO CALDAS/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Defesa do Atlético-MG lamenta o primeiro gol do Bahia — Foto: TIAGO CALDAS/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Em Pituaçu, o Galo fez excelente primeiro tempo. Dominante, empurrou o Bahia para trás, pressionou, criou grandes chances e abriu o placar. Teve oportunidades para ampliar, mas pecou muito no último passe e na finalização.

Keno, o jogador que mais cria chances do time, precisa calibrar o pé. Nathan esteve abaixo. Sasha, apesar de ser um centroavante tático, que abre espaços, precisa de gols. Tem feito pouco.

Sampaoli avaliou: “Se este projeto coletivo de ataque não se concretiza com as situações claras que tem o time, vai ser muito complicado”.

A frase é curta, mas diz muito. Se o Galo abusar de chances perdidas, vai deixar pontos importantes pelo caminho, e é exatamente o que aconteceu nas últimas duas partidas.

Pode custar caro lá na frente. Contra o Bahia, os erros nas conclusões no primeiro tempo se somaram ao segundo tempo apático. Veio a derrota.

Coincidentemente (ou não), o Galo caiu de rendimento e tropeçou quando parou de ter as tais “semanas cheias” para treinar. Com poucos dias de preparação, perdeu para o Fortaleza, empatou com o Fluminense e perdeu para o Bahia.

A intensidade, marca de Sampaoli, exige um alto rendimento físico, durante os 90 minutos. Na Bahia, a queda no segundo tempo também foi física. Em mais de um lance, jogadores de defesa não conseguiram acompanhar os adversários.

Jogadores do Atlético-MG comemoram gol marcado contra o Bahia — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Jogadores do Atlético-MG comemoram gol marcado contra o Bahia — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

A boa notícia é que a semana, agora, é cheia. O próximo compromisso é no sábado, às 21h (de Brasília), contra o Sport, no Mineirão. Depois, mais oito dias de preparação para encarar o Palmeiras, em São Paulo, no jogo que fecha o turno.

O Galo tem um jogo pendente e, considerando o duelo com o Athletico-PR (ainda sem data), depende só dele para ser “campeão do turno”.

A derrota na Bahia não decreta que a briga do Atlético mudou. O time era e segue sendo candidato ao título. Mas lições precisam ser aprendidas. Time campeão não pode ter recorrentes “apagões”.

Também não pode desperdiçar caminhões de chances. Os erros custaram cinco pontos em duas rodadas. E agora cabe ao time correr atrás do prejuízo.

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