DA REDAÇÃO/ GABRIEL RODRIGUES/ DO LOCAL - LEONARDO MAURO
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O governador Mauro Mendes (DEM), entregou na manhã desta terça-feira (23), o projeto que prevê a antecipação de 5 feriados no Estado de Mato Grosso, sendo eles, o do Dia do Trabalhador (1 de maio), Corpus Christi (3 de junho), Dia do Servidor Público (28 de outubro), Consciência Negra (20 de novembro), e aniversário dos municípios.
Segundo Mendes, a proposta causa polêmica, e até mesmo uma atitude antagônica do parlamento, mas o debate será essencial para tomar a melhor decisão, visando sempre os interesses coletivos.
“Democracia não é só a vontade do Executivo. Ontem morreram 125 pessoas, a população quer que não façamos nada? Estou fazendo tudo o que é possível, não estou inventando moda”, disse ele.
O chefe do Executivo Estadual ainda citou que a medida já foi adotada em diversos cantos do mundo e surtiu efeito, mas reitera que tais questionamentos fazem parte da democracia.
“Todos os grandes países fizeram isso; aqui no Brasil, vários estados fazem o mesmo. Será que o mundo inteiro está errado e só essas pessoas estão certas? Esse é o debate que será feito democraticamente dentro desse parlamento”, afirmou.
ALTERAÇÃO DE DECRETO
O democrata esclarece que o projeto não trata de medidas restritivas para forçar o isolamento social, mas que o Palácio Paiaguás deverá alterar o decreto que está em vigor desde o dia 3 de março e que estabelece restrições as atividades econômicas e toque de recolher a partir das 21h.
“A lei encaminhada estabelece a antecipação de cinco feriados. Estabelece que durante esse período, vale as regras do decreto em vigência. Se aprovada a lei, o governo poderá complementar novas restrições para que esses dias não se transformem num período em que as pessoas possam fazer aglomerações ou levar a vida como se nada estivesse acontecendo”, afirmou.
De acordo com o decreto em vigência até 4 de abril, tirando algumas exceções, de segunda à sexta, está proibido todas as atividades econômicas das 19h às 5h. Já aos sábados e domingos, a proibição vale após o meio-dia. Mauro ainda descartou a redução das frotas de ônibus, proibição da venda de bebidas alcóolicas e barreiras nas entradas e saídas dos municípios.