Da assembleia

Na segunda sessão da CPI dos Medicamentos Vencidos, realizada nesta sexta-feira (28), após questionamentos ao diretor da Norge Pharma, que possui contrato firmado com a Secretaria Municipal de Saúde para fazer a gestão do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (CDMIC), o vereador Dilemário Alencar (Podemos) disse que a CPI não é lugar para mentir. 

“O diretor da Norge Pharma disse que a empresa dele não tem culpa nenhuma pelos medicamentos vencidos, mesmo já tendo recebido da prefeitura mais de R$ 11 milhões para gerenciar e controlar os medicamentos existentes no CDMIC. Como não tem nenhuma culpa? Isso não é verdade, pois já está mais do que comprovado que medicamentos venceram no CDMIC sob a gestão da Norge Pharma”, disse o vereador Dilemário.  

O parlamentar lembrou que empresa Norge Pharma foi contratada pela Secretaria Municipal de Saúde em janeiro de 2020, e que milhares de medicamentos foram encontrados vencidos com datas de validade dos meses de novembro e dezembro 2020. Já em 2021, também foram encontrados remédios vencidos com a data de janeiro, fevereiro e março, como o antifúngico chamado Ambisone, cuja caixa com dez ampolas custa mais de R$ 22 mil.  

“A CPI vai ter que comprar um detector de mentiras. Na última quarta-feira quem também faltou com a verdade foi o ex-secretário de saúde Luiz Antônio de Carvalho, quando disse que com a terceirização da gestão do CDMIC para a Norge Pharma foi resolvido o problema de medicamentos vencidos. Outra balela! A verdade é que a Norge Pharma foi contratado por ele pelo valor de R$ 19,2 milhões, mas medicamentos continuaram a vencer. Estão zombando da cara do povo cuiabano com essa grave situação de remédios vencidos, que certamente levou a óbitos muitas pessoas”, pontuou o vereador Dilemário Alencar.