DA REDAÇÃO/MATO GROSSO MAIS
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Um protesto em frente à Prefeitura de Várzea Grande terminou com bate boca e xingamentos entre o presidente do DAE (Departamento de Água e Esgoto), Carlos Alberto Simões, e um grupo de moradores, após discussão por causa da falta de água que ocorre em bairros da cidade.
Como forma de protesto, os moradores levaram panelas e gritaram palavras de ordem, como: “Queremos água!”.
Conforme vídeo divulgado pelo site VG Notícias, o presidente do DAE aparece mandando um homem “tomar no c*”. Alberto também é empurrado por um outro homem. Ele ensaia uma reação, mas é contido pelos agentes da Guarda Municipal de Várzea Grande.
À imprensa, um dos manifestantes relatou que está sem receber água em casa há cerca de uma semana e meia. Por isso, precisa se deslocar até a residência do sogro para tomar banho. O morador afirmou que Carlos “não tem controle nenhum” para exercer o cargo.
“Você precisa solucionar o problema da população. Na porrada você não resolve. Tem que ter conversa, solução. Daqui a 90 dias não dá, para amanhã não dá, a gente precisa para hoje […] Isso é um absurdo”, afirmou.
A água é elemento indispensável à vida. A escassez de água ou a má qualidade desta sempre traz consequências trágicas às populações impactadas.
Cumpre, portanto, aos gestores públicos envidarem esforços para assegurar o fornecimento de água potável de qualidade à população, sobretudo nas regiões mais carentes de serviços públicos essenciais.
No caso em foco, o problema relatado na matéria demanda uma solução urgente. Moradores “reclamam que estão sem fornecimento de água há vários dias na cidade”.
Não se cobra aqui milagres, mas celeridade e eficiência na prestação dos serviços públicos e na solução dos problemas de ordem pública que eventualmente afetem a população, a fim de evitar maiores transtornos, aborrecimentos e prejuízo para o contribuinte.
Não há razão para inércia ou morosidade da administração pública quando a demora na solução do problema possa resultar em graves danos à saúde da população, como é o caso da falta de água.
O contribuinte recolhe mensalmente uma infinidade de impostos e taxas para custeio dos serviços públicos, esperando receber em contrapartida serviços públicos de qualidade, de forma satisfatória e eficaz, incluindo água potável e tratamento de esgoto, entre outros serviços essenciais à população.
Não é, portanto, favor, mas uma obrigação legal do gestor público municipal.
Lamentável, pois, a agressão verbal de baixíssimo nível dirigida a um cidadão no exercício de um direito legítimo de reclamar da demora na prestação de um serviço público essencial à vida e à saúde.
O ilustre presidente do DAE-VG deveria ter um pouco mais de respeito e consideração por quem paga o seu salário.
Diga-se, contudo, por uma questão de justiça, que o DAE-VG, ao longo de mais de duas décadas, tem prestado excelentes e relevantes serviços à população na área de saneamento básico, graças à sua elevada capacidade técnica e excelente qualificação profissional, comprovadas em todos esses anos, desde a sua fundação em 1998.