
DA REDAÇÃO / LUIZA VIEIRA
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O governador Mauro Mendes (DEM) comentou a situação nada favorável ao país e em especial ao estado, frente ao embargo chinês à exportação de carne bovina brasileira, nesta segunda-feira (25). De acordo com o democrata, o fato demonstra a interdependência entre os países e os impactos que podem ser gerados frente à problemática.
O estado de Mato Grosso é uma potência mundial na produção da proteína em questão, a qual tem seus lucros reverberados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) em todo o país. No entanto, quando o governador do celeiro nacional foi questionado acerca de medidas a serem adotas frente à crise exponencial a vista, outra questão foi levantada: a instabilidade de relacionamentos internacionais.
“Essa questão da China mostra o quanto que as nossas relações internacionais são importantes. Bastou um embargo dos chineses, causada inicialmente por um surto de, dois casos que não confirmados, que foram considerados como atípicos e isso derrubou lá embaixo o preço e até agora não voltou“, pontuou Mendes.
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Além disso, o chefe do executivo estadual deixou a entender que falta por parte da gestão Bolsonaro uma relação mais amistosa quanto ao país asiático, que foi capaz de reduzir em quase 50% os índices de exportação de carne brasileira, uma vez que, na terceira semana de outubro, o Brasil vendeu 4,5 mil toneladas de carne na média diária, contra 8,1 mil toneladas no mesmo mês do ano passado. Aponta a Secretaria de Comércio Exterior.
“Então as nossas relações internacionais, elas tem que ser cordiais, elas têm que ser sempre pautadas no interesse mútuo e recíproco dos povos e das nações. Então fica aí um alerta para que todos nós governantes de todos os estados brasileiros e Distrito Federal, tratemos os nossos clientes com o devido respeito, e cuidemos também das questões que afetam os interesses internacionais dos consumidores”, disse o governador.
Mendes fugiu da raia quando indagado se o embargo poderia ter relação política. Todavia, os conflitos antagônicos entre o palácio da Alvorada, podem sim de fato ter atravessado continentes e complicado ainda mais a retomada da compra da carne bovina.
“Eu não tenho elementos para afirmar isso. Eu não estou do lado de lá do mundo, né? Vendo ou percebendo qual que é a imagem e a interpretação que o governo chinês está dando do nosso país, de algumas coisas que são ditas, faladas por aqui” desconversou o gestor.