NÁDIA MARTINS

A Violência Psicológica ou Agressão Emocional, é vezes tão ou mais prejudicial que a física, é caracterizada por rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. Trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes indeléveis para toda a vida. A intenção do(a) agressor(a) histérico(a) é mobilizar outros membros da família, tendo como chamariz alguma doença, alguma dor, algum problema de saúde, enfim, algum estado que exija atenção, cuidado, compreensão e tolerância.

A violência emocional na maioria das vezes diz respeito aos homens que agride mulheres e crianças. O agressor faz tudo corretamente, impecavelmente certinho, não com o propósito de ensinar, mas para mostrar ao outro o tamanho de sua incompetência. O agressor com esse perfil tem prazer quando o outro se sente inferiorizado, diminuído e incompetente, normalmente é o tipo de agressão dissimulada pelo pai em relação aos filhos, quando esses não estão saindo exatamente do jeito idealizado ou do marido em relação às esposas.

As agressões físicas, psíquicas, morais e sexuais expõem as mulheres a uma conduta de vulnerabilidade, e o processo de violência pode chegar ao feminicídio e diversas formas de violência podem ser atribuídas: física, psicológica, econômica ou financeira, patrimonial, institucional e moral. A violência no ciclo de vida da mulher possui muitas variáveis, de acordo com as fases da vida.

Assim, a assistência de enfermagem às vítimas de violência doméstica deve ser planejada para promover a segurança, o acolhimento, o respeito e a satisfação das usuárias em suas necessidades individuais e coletivas. Refletir sobre o seu planejamento, pautado nos instrumentos básicos da enfermagem, das políticas públicas de saúde e na legislação vigente é fundamental para a proteção das vítimas e prevenção de agravos futuros. E, ainda a enfermagem deve estar atenta no atendimento às vítimas de violência. O atendimento às mulheres deve ser realizado, dentro de um conceito de compreensão em saúde, que seja benéfico para a construção social.

Os estudos propiciaram a compreensão acerca da assistência da enfermagem às vítimas de violência doméstica, na qual o profissional desempenha um importante papel à enfermagem obtendo méritos em potencial para identificar os casos de violência. Pode se dizer que diante da pandemia Covid-19 muitos profissionais de saúde manifestam dificuldades relacionadas ao medo e a falta de profissionais capacitados, ausência de infraestrutura adequada e principalmente, uma rede articulada com qualidade de serviço assistencial.

Nádia Martins de Almeida Souza é enfermeira há 11 anos e especialista em Gestão em Saúde pela Escola de Saúde Pública ESPMT.