https://matogrossomais.com.br/wp-content/uploads/2022/04/WhatsApp-Image-2022-04-11-at-10.06.31.jpeg

JOSÉ MEDEIROS

Mundo é plano

Thomas Friedman em seu livro o ‘Mundo é Plano’ cita que o com avanço da tecnologia, dos meios de transportes e das comunicações encurtaram-se as distâncias e aumentou a velocidade com que as coisas acontecem. A informação está literalmente à velocidade da luz, já que as informações são levadas através da luz confinada dentro dos cabos de fibra óptica. Tudo está conectado e as pessoas estão cada vez mais informadas sobre o que acontece e de uma forma instantânea, nada passa despercebido.

Imagine se alguém tivesse dormido no século 20 e acordado nos dias de hoje. O susto que teria ao se deparar com vídeos chamadas, drones, carros autônomos, máquinas agrícolas autônomas espargindo defensivos só onde identifica a existência de pragas.

O mundo mudou, mas a forma de escolha de quem comanda os países continua na mesma toada. Nos países onde têm ditadores, eles só saem do poder se quiserem ou quando morrem. Nas poucas monarquias existentes o negócio é de pai para filho. Já no presidencialismo, onde a democracia está presente, existe uma realidade de fato e outra que deveria ser. Nele, o que se espera é que o povo escolha seus governantes, mas raramente isso acontece sem que antes grupos com interesses diversos tenham escolhido por ele. A feitiçaria é feita das formas mais variadas, chegando em alguns casos quando o feitiço não dá certo os candidatos ou eleitos acabam por serem mortos.

Isso ocorre porque a democracia se sustenta nos pilares da obediência às leis e na vontade da maioria através do voto. No entanto, como os recursos são poucos e os interesses são muitos, e não tem como banir o povo da equação, o jeito é contornar, fazendo o povo eleger quem o grupo majoritário da hora quiser.

Com certeza você já viu em algum lugar do mundo um presidente que foi eleito servindo a interesses que não são o da maioria das pessoas, em casos assim, o laureado foi cuidadosamente escolhido para tal qual. Igual um produto a ser vendido às pessoas por uma agência de publicidade, como se vende um carro, detergente, sabão em pó, sempre mais eficiente, com mais brilho, limpa melhor, é light e bom para a saúde…

No Brasil recentemente tivemos um caso raro de um presidente eleito pelo povo, sem partido, sem mídia, sem maquiagem, apenas com um celular na mão e uma ideia na cabeça. Não foi aceito e ainda na campanha tentaram-no matar, segundo reza o manual com uma facada dado por um “maluco comunista”. Qualquer semelhança com o atentado ao presidente americano John F. Kennedy é mera coincidência. Nos Estados Unidos também foi um “maluco comunista”. No Brasil, mesmo depois de eleito e empossado, o povo teve que sair várias vezes às ruas para segurá-lo na cadeira presidencial.

Grupos interessados até então ocultos apresentaram-se de forma mais contundente. Parte de uma mídia que nasceu e cresceu com verbas públicas e artistas que estavam acostumados com subvenções tentam de forma bem clara tirá-lo do cargo, com ajuda, pasmem, de alguns ministros da corte mais alta. Para isso, foram adotados tipos penais inexistentes no Código Penal, como por exemplo, a “afronta à democracia e ao estado de direito”, “fake news” e de posse desses “instrumentos”. Desde então quem foi para rua e se pronuncia a favor do presidente passou a ser rotulado de antidemocrático, miliciano digital, preso ou sujeito a medida cautelar.

A interferência de grupos privados e políticos na escolha das pessoas não é boa coisa, mas sabemos que está precificado. Porém quando alguns ministros que irão conduzir o processo eleitoral interferem com afrontas à Constituição, perseguindo um dos candidatos, dirigindo-lhe comentários depreciativos, galhofas, sem o menor constrangimento, o ânimo de interferir na vontade popular fica claro, assustador e inédito.

Os demais ministros precisam ficar atentos e avaliarem até quando vão chancelar as estripulias desses colegas, pois logo eles vão conseguir para a instituição o rótulo de Tribunal do Lula, tornando-o um homônimo da Venezuela.

O objetivo desses ministros e dos detratores do presidente está bem claro, além disso estão certos da vitória. Fizeram tudo de acordo com a receita, só esqueceram de uma coisa, como disse Thomas L. Friedmam, O MUNDO É PLANO.

José Medeiros – Deputado Federal/MT

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *