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ALMT - Posto TRE - Abril

NESTA SEGUNDA

Ucrânia diz que Rússia iniciou nova ofensiva em Donbass

Arte CNN Brasil

A última ofensiva da Rússia na região leste do Donbass começou, disse um alto funcionário ucraniano nesta segunda-feira (11), alertando que a Rússia continua acumulando forças no local.

“Temos que entender que não será a repetição de 24 de fevereiro, quando os primeiros ataques aéreos e explosões começaram e dissemos: ‘A guerra começou.’ A grande ofensiva de fato já começou.”

Denysenko observou explosões durante a noite na região de Dnipropetrovsk e disse que o bombardeio de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, também continuou.

A ofensiva também foi observada e relatada pelo Ministério da Defesa do Reino Unido em um boletim nesta segunda-feira.

Além disso, o uso prévio de munições de fósforo pelas forças russas na região de Donetsk também aumenta a possibilidade de seu futuro emprego em Mariupol, à medida que a luta pela cidade se intensifica, disse a inteligência militar britânica.

Em meio ao avanço dos russos, nove corredores humanitários para evacuar pessoas das regiões do leste sitiadas da Ucrânia foram acordados para esta segunda entre Kiev e Moscou, incluindo cinco na região de Luhansk, disse a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk.

Segundo autoridades europeias, a ofensiva russa na região leste da Ucrânia faz parte de uma estratégia de tentar obter algum tipo de vitória na guerra até o dia 9 de maio. Na data, o país comemora o Dia da Vitória sobre a Alemanha na Segunda Guerra Mundial.

Novas sanções

Mais sanções da União Europeia contra a Rússia são uma opção, disse o principal diplomata do bloco nesta segunda, quando perguntado se a UE está pronta para considerar um embargo de petróleo russo.

“As sanções estão sempre na mesa”, disse Josep Borrell a repórteres ao chegar para uma reunião com os ministros das Relações Exteriores da UE em Luxemburgo. “Os ministros vão discutir quais são os próximos passos”, disse ele.

O ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney, disse que a Comissão Europeia está trabalhando em detalhes de um embargo de petróleo à Rússia como parte de um possível próximo pacote de sanções, mas que nada foi decidido ainda.

Aeroporto de Dnipro é destruído após ataques, diz Ucrânia

Forças russas realizaram ataques com mísseis neste domingo (10) nas regiões de Dnipropetrovsk, Mykolaiv e Kharkiv, localizadas no leste e sul da Ucrânia, o que resultou na destruição do aeroporto de Dnipro, disse o chefe da administração regional do local, Valentyn Reznichenko.

“É mais um ataque ao aeroporto de Dnipro”, disse ele. “Já não sobrou nada. O aeroporto e a infraestrutura próxima foram destruídos. Mas os mísseis continuam voando.”

A nova investida foi realizada com mísseis de lançamento marítimo de alta precisão e atingiram “o quartel-general e a base do batalhão nacionalista de Dnipro, onde chegaram reforços de mercenários estrangeiros outro dia”, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, o general Igor Konashenkov, em um comunicado.

Além disso, também foram alvos a “área do assentamento de Stara Bohdanivka, região de Mykolaiv e no aeródromo militar de Chuhuiv [na região de Kharkiv]”, onde foram destruídos “lançadores dos sistemas de mísseis antiaéreos S-300 ucranianos”, complementa a nota.

Não foram divulgadas informações sobre vítimas.

Zelensky discute mais sanções contra Rússia com Olaf Scholz, da Alemanha

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no domingo que conversou por telefone com o chanceler alemão Olaf Scholz e os dois discutiram possíveis novas sanções à Rússia, bem como defesa e apoio financeiro à Ucrânia.

“Tive uma conversa telefônica com Olaf Scholz. Enfatizamos que todos os perpetradores de crimes de guerra devem ser identificados e punidos”, disse Zelensky em sua conta oficial no Twitter. “Também discutimos sanções anti-russas, defesa e apoio financeiro para a Ucrânia”, escreveu.

Reino Unido diz que Rússia busca reforçar seu exército após aumento de perdas

A inteligência militar do Reino Unido, em boletim sobre a situação da guerra divulgado neste domingo (10), afirmou que as forças armadas russas tentam fortalecer o exército com pessoal dispensado do serviço militar desde 2012, em resposta ao “aumento de perdas” no conflito.

Esse esforço também incluiria a tentativa de recrutar combatentes da região da Transnístria, na Moldávia, ainda segundo o relatório do Ministério da Defesa britânico publicado no Twitter.

No sábado (9), a  inteligência militar britânica disse que a Rússia continua a atacar civis e que o foco de seu exército está nas regiões de Donbass, Mariupol e Mykolaiv. Além disso, a instituição fez a previsão de que os combates e ataques aéreos devem aumentar no sul e leste da Ucrânia, visando auxiliar a operação nas regiões citadas acima.

Movimentação de militares russos na fronteira com a Ucrânia / Maxar

EUA dizem que vão fornecer à Ucrânia “as armas que precisa” contra a Rússia

Os Estados Unidos estão comprometidos em fornecer à Ucrânia “as armas que precisa” para se defender contra a Rússia, disse o assessor de segurança nacional do país, Jake Sullivan, neste domingo (10), enquanto a Ucrânia busca mais ajuda militar do Ocidente.

Sullivan disse que o governo Biden enviará mais armas para a Ucrânia para impedir que a Rússia tome mais território e alveje civis, ataques que Washington classificou como crimes de guerra.

Os Estados Unidos enviaram US$ 1,7 bilhão em assistência militar à Ucrânia desde que a Rússia lançou sua invasão em 24 de fevereiro, informou a Casa Branca na semana passada.

Além disso, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que a nomeação de uma nova liderança militar pela Rússia “mostra que haverá uma continuação do que já vimos na Ucrânia”.

“E é isso que esperamos”, disse Psaki a Dana Perino, em entrevista à Fox News Sunday. Psaki chamou Dvornikov de responsável pelas “atrocidades que vimos na Síria” e disse que, para a Ucrânia, os EUA continuam com funcionários trabalhando para garantir que eles tenham o armamento e a assistência necessários para ter sucesso no campo de batalha.

Boris Johnson e Zelensky se encontram em Kiev

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recebeu o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em Kiev no sábado (9). Pelo Twitter, a embaixada do Reino Unido na Ucrânia postou uma foto dos dois líderes sentados em uma sala de reuniões com a legenda “surprise” (surpresa, em português).

“O primeiro-ministro viajou para a Ucrânia para se encontrar pessoalmente com o presidente Zelensky, em uma demonstração de solidariedade ao povo ucraniano. Eles discutirão o apoio de longo prazo do Reino Unido à Ucrânia e o primeiro-ministro estabelecerá um novo pacote de ajuda financeira e militar”, disse um porta-voz de Downing Street.

A Embaixada do Reino Unido na Ucrânia postou uma foto de Zelensky e Boris Johnson neste sábado (9)A Embaixada do Reino Unido na Ucrânia postou uma foto de Zelensky e Boris Johnson neste sábado (9) / Reprodução/Embaixada do Reino Unido na Ucrânia

Na sexta-feira, foi anunciado que o Reino Unido enviaria à Ucrânia mais 100 milhões de libras — cerca de US$ 130 milhões — de apoio militar. Na ocasião, o primeiro-ministro britânico também condenou um ataque russo a uma estação de trem no leste da Ucrânia, lotada de mulheres, crianças e idosos fugindo do conflito, que, segundo as autoridades ucranianas, matou pelo menos 50 pessoas.

A visita de Johnson acontece após a passagem da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, pelo país. A visita também gerou críticas da líder às mortes de civis em Bucha. Em entrevista à Christiane Amanpour, da CNN, Von der Leyen classificou o episódio como “uma atrocidade, algo impensável e chocante” e “a face brutal da guerra de Putin“.

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  • 11 de abril de 2022 às 18:22:20
  • 11 de abril de 2022 às 18:10:02