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ALMT - Posto TRE - Abril

APONTA IBGE

Setor de serviços recua 0,2% em fevereiro e tem 2ª queda seguida

OSKAR BURGOS/EFE

Responsável por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, o setor de serviços recuou 0,2% no mês de fevereiro, apontam dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os números da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) correspondem à segunda queda mensal consecutiva do setor. Apesar do recuo, o segmento figura 5,4% acima do nível de fevereiro de 2020, o último mês sem as medidas restritivas adotadas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. O setor, no entanto, aparece 7% abaixo do ponto mais alto da série histórica, de novembro de 2014.

Rodrigo Lobo, gerente responsável pela pesquisa, recorda que o volume de serviços cresceu em apenas dois dos últimos seis meses, em novembro e dezembro. “Ainda que haja um predomínio de taxas negativas, o saldo desses meses ficou em 0,1%, ligeiramente positivo e muito próximo da estabilidade”, afirma.

Para Lobo, os dados apresentados nos últimos meses mostram que o principal impulso para a economia nacional está estacionado, em uma acomodação dos ganhos obtidos até agosto de 2021.

O avanço do volume de serviços prestados no Brasil contribuiu, ao lado da indústria, para o crescimento de 4,6% da economia brasileira no ano passado. O desempenho reverteu o tombo de 3,9% do PIB em 2020 ocasionado pela pandemia de Covid-19.

Diante do cenário, o pesquisador do IBGE divide o comportamento do setor de serviços com a pandemia em quatro momentos desde o começo da crise sanitária. Inicialmente, houve uma queda acentuada de 17% entre março a maio de 2020, processo que foi revertido pela rápida recuperação no acumulado e de junho a novembro do mesmo ano.

Na sequência, Lobo ressalta que, entre dezembro de 2020 e agosto de 2021, houve uma desaceleração, mas ainda com crescimento acumulado de 9,7%. O cenário atual, iniciado em setembro do ano passado, representa uma acomodação do setor, com a variação de apenas 0,1% no período de seis meses.

Em relação a fevereiro de 2021, o setor de serviços cresceu 7,4%, com alta em quatro das cinco atividades. “Essa é a 12ª taxa positiva seguida nessa comparação. A base do início do ano de 2021 ainda é deprimida, o que favorece o aparecimento de taxas positivas nesses dois meses iniciais de 2022”, avalia Lobo.

Atividades

Em fevereiro, duas das cinco atividades investigadas tiveram retração e foram decisivas para o novo resultado negativo dos serviços. A maior queda foi apresentada pelos serviços de informação e comunicação (-1,2%), que aparece em um nível 8,6% acima do patamar de fevereiro de 2020.

“O que puxou a queda dessa atividade foram as telecomunicações, que caíram 2,8% em fevereiro. Esse segmento, que é o de maior peso na pesquisa, encontra-se 9% abaixo do patamar pré-pandemia”, explica Lobo.

O ramo de outros serviços, por sua vez, caiu 0,9%. Com a segunda variação negativa consecutiva, a atividade acumula perda de 1,3% nos dois primeiros meses de 2022. A área ainda aparece 0,4% abaixo do nível apurado antes da Covid-19.

Já os serviços prestados às famílias variaram 0,1% em fevereiro e praticamente não influenciaram no resultado do setor de serviços no mês. Muito impactada pela pandemia, a atividade encontra-se num patamar 14,1% abaixo do nível de fevereiro de 2020.

O destaque pelo lado das altas ficou com os transportes, que cresceram 2% em fevereiro. Trata-se do quarto mês seguido de crescimento, com ganho acumulado de 8,2% nesse período. “Em fevereiro, o setor foi impulsionado pelo transporte rodoviário e ferroviário de carga”, explica Lobo.

Também em alta, os serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 1,4%, o quarto resultado positivo consecutivo, com expansão acumulada de 6,8% no período. Em fevereiro, a área foi impulsionada pelas maiores receitas obtidas pelas empresas que atuam com locação de mão de obra temporária, atividades de cobrança e informações cadastrais e locação de automóveis.

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