A data de 19 de agosto foi estabelecida como Dia Nacional do Ciclista em memória ao ciclista brasiliense Pedro Davison, de 25 anos, que foi atropelado em 2006 enquanto pedalava. Em novembro de 2017, por meio da Lei Federal 13.508, a data foi oficializada.
Segundo o Detran-SP, na comparação com janeiro a julho de 2019 e o mesmo período de 2022, a redução nos óbitos de ciclistas no território paulista foi de 13,8% (218 para 188) . Na Região Metropolitana de São Paulo, houve 47 óbitos nos sete primeiros meses de 2019 e 44 até julho deste ano, uma queda de 6,4%.
De acordo com Ricardo Neres Machado, diretor-geral da Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo) , apesar de os números apontarem queda nos óbitos em acidentes de trânsito envolvendo bicicletas no Estado, pedalar em áreas urbanas, principalmente na capital paulista, ainda está longe de ser seguro.
“O ciclista pode e deve ocupar a pista, mas a impressão muitas vezes é de que somos obstáculos no caminho dos veículos motorizados. O maior protege o menor, e nenhuma pessoa deveria estar habilitada a dirigir sem plena consciência disso”, defende.
Para o bancário Rafael Bertola, de 45 anos, é necessária uma maior conscientização dos motoristas para que entendam o porquê de circularem com velocidade reduzida no perímetro urbano, e abrir uma distância de pelo menos 1,5 m do ciclista em uma ultrapassagem.
“E para os ciclistas , o mesmo, pois vejo muitos entregadores de bicicleta que andam na contramão, em cima de calçadas… Acho importante que todos se respeitem.”
A cozinheira Lígia Moreira Garcez Pacheco, de 32 anos, concorda que um dos maiores problemas para os ciclistas é a falta de preparo dos motoristas para seguir as leis de trânsito, além da falta de respeito à vida de ciclistas e pedestres.
“Para que haja uma melhora efetiva na segurança do ciclista, o primordial são leis mais rígidas, melhor educação dos motoristas e maior zelo da comunidade com quem pedala”, opina.
Fonte: IG CARROS