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Pacheco diz confiar no MP sobre operação da PF contra empresários

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal

Questionado sobre a operação da Polícia Federal contra empresários , o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) , afirmou nesta quarta-feria (24), após participar de um evento da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que é preciso ter “presunção de confiança” no trabalho do Judiciário e do Ministério Público.

“Não tem como dizer a respeito de uma busca apreensão se ela foi justa, se não foi justa. Se foi excessiva ou não. É muito difícil essa avaliação de quem está de fora. O que eu posso afirmar é que nós temos que ter primeiro uma presunção de confiança no trabalho do Poder Judiciário e do Ministério Público”, disse Pacheco.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que os agentes cumprissem os mandados de busca e apreensão contra 8 empresários :

  • Luciano Hang, dono da Havan ;

  • Afrânio Barreira Filho, dono do Coco Bambu;

  • Ivan Wrobel, dono da W3 Engenharia;

  • José Isaac Peres, fundador da rede de shoppings Multiplan;

  • José Koury, dono do Barra World Shopping;

  • Luiz André Tissot, presidente do Grupo Sierra;

  • Marco Aurélio Raymundo, dono da Mormaii;

  • Meyer Joseph Nigri, fundador da Tecnisa.

Eles são acusados de trocar mensagens que diziam que um “golpe” seria melhor do que um novo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Nesta quarta, Pacheco disse que esse tipo de discurso de instauração de golpe não pode ser admitido. “Atos antidemocráticos, manifestações acerca de atos institucionais, de volta de regime militar, de retrocesso democrático não estão no campo de livre manifestação do pensamento. Podem constituir inclusive crimes que podem ser tipificados pelo código penal”, disse o ministro.

Empresários negam intenção de golpe

Em nota, o empresário Luciano Hang informou que segue tranquilo e diz que seu ativismo político é a favor da democracia e da liberdade de expressão.

“Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros. Eu faço parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas, e cada um tem o seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu NUNCA, em momento algum falei sobre Golpe ou sobre STF. Eu fui vítima da irresponsabilidade de um jornalismo raso, leviano e militante, que infelizmente está em parte das redações pelo Brasil.”

Já a assessoria da Tecnisa informou, por meio de nota, que a companhia “não fala em nome de Meyer Nigri” e que ele “não é porta-voz da empresa”.

“A Tecnisa é uma empresa apartidária, que defende os valores democráticos e cujos posicionamentos institucionais se restringem à sua atuação empresarial.”

Afrânio Barreira, do grupo Coco Bambu, se pronunciou, também por meio de uma nota, dizendo que nunca se manifestou a favor de qualquer conduta que não seja institucional e democrática. 

“A democracia é a chave para construção de um Brasil melhor. Valorizo, e muito, a oportunidade de conseguir votar e escolher os representantes de nosso povo brasileiro, e todo cidadão deveria ter a consciência da importância deste momento. Valorizo e sempre defenderei um processo eleitoral honesto e justo”, afirmou o empresário.

A assessoria da Sierra Imóveis, informou que não irá se manifestar sobre o caso.

Os mandados foram cumpridos em 7 cidades. Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ), Brusque (SC), Balneário Camboriú (SC), Gramado (RS), Garopaba (SC) e São Paulo (SP). 

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Fonte: IG Política

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