DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Duas pessoas investigadas pela Polícia Civil de Mato Grosso, por envolvimento em um duplo homicídio ocorrido no mês de julho, em Guarantã do Norte, foram presas no último fim de semana, durante uma blitz da Polícia Rodoviária Federal no Pará.
O casal, investigado pelos assassinatos de Marcionílio Risello Machado, 28 anos, e Haroldo Júnior Barboza de Souza, 20 anos, foi preso na cidade de Itaituba, no sudoeste paraense. Eles foram parados em uma blitz e, ao checar os documentos, os policiais constataram que ambos estavam com mandados de prisão temporária em aberto, decretados pelo juízo da Comarca de Guarantã do Norte, em investigação conduzida pela delegacia do município.
As vítimas desapareceram no dia 24 de julho, após o final da exposição agropecuária da cidade. Conforme o delegado de Guarantã do Norte, Lucas Lelis, os diversos elementos obtidos durante a investigação apontam que o casal participou tanto do desaparecimento quanto da execução das vítimas.
Com as prisões temporárias, a Polícia Civil espera obter novas informações que possam esclarecer a motivação dos crimes. Os envolvidos no crime responderão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. As vítimas eram amigos e não tinham registros criminais.
Desaparecimento e mortes
No dia 24 de julho, ao fim da última festa da Expotã (Feira Agropecuária de Guarantã do Norte), Haroldo Júnior, que estava em uma motocicleta, foi atraído para uma emboscada e entrou em um veículo que, na sequência, buscou Marcionílio, também enganado, para que entrasse no carro.
Após isso, o veículo, seguido por pessoas que conduziam a motocicleta de Haroldo, foi pela BR-163 até a zona rural de Guarantã do Norte, na localidade conhecida como Linha da Cachoeirinha.
Em um primeiro ponto da estrada, Marcionílio foi morto. Ele apresentava sinais de uma execução cruel – ferimentos na cabeça e evidência do uso de produtos químicos para descaracterização do corpo.
Depois de executar a primeira vítima, os criminosos jogaram a motocicleta de Haroldo sob uma ponte da Linha da Cachoeirinha. O veículo foi localizado no final do mesmo dia em que as vítimas desapareceram e, a partir desta evidência, a investigação teve início pela Polícia Civil.
Em outra localidade, conhecida como Linha Santo Antônio, Haroldo foi executado e o corpo enterrado em uma cova rasa.
Localização dos corpos
O corpo de Marcionílio Risello foi localizado na manhã do dia 29 de julho. O funcionário da fazenda estava a caminho da construção de um curral, quando sentiu um forte odor, pensando se tratar de animal morto. Ao entrar na mata para verificar, avistou o corpo já em estado de decomposição.
No local, as equipes da Polícia Civil e a Politec constataram que a vítima trajava bermuda jeans, camiseta escura, uma pulseira dourada, anel com pedra vermelha e aparelho nos dentes. Ele foi identificado preliminarmente após familiares reconhecerem seus pertences.
Haroldo Junior Barboza foi localizado no dia seguinte – 30 de julho – em uma cova rasa, próxima a um sítio na Linha Santo Antônio. O corpo apresentava sinais de decomposição e no bolso da roupa estavam seus documentos pessoais.