Da assessoria

A candidata ao Governo do Estado, Marcia Pinheiro, pediu apuração aos órgãos fiscalizadores para as denúncias apresentadas pelo prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro, sobre os dois consórcios que concorreram ao certame no valor de quase R$500 milhões para a implantação do Bus Rapid Transit (BRT), realizado pelo Governo do Estado.

Conforme denunciado, duas empresas fazem parte do mesmo grupo econômico e participaram da licitação tendo os mesmos ex-sócios assinando uma obra seis meses antes.

O Governo do Estado realizou a licitação no modelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC), e foi vencida pelo Consórcio Construtor BRT Cuiabá ( Nova Engevix) pelo montante de R$ 468.031.500,00 milhões,  valor abaixo ao oferecido pelo Consórcio Mobilidade MT (Paulitec Construções LTDA) que havia proposto R$ 468,5 milhões. Seis meses  antes de divulgar a decisão oficial da mudança do modal,  ambos consórcios criaram o Consórcio PN Príncipe.

“Um absurdo essa denúncia amplamente divulgada pela imprensa. Eu peço uma investigação dos órgãos fiscalizadores sobre a união dessas duas empresas. E também sobre os sócios delas, é muita coincidência, o grupo vencedor pode ter relação de sociedade com as empresas de familiares do próprio governador Mauro Mendes. São  indícios que devem ser investigados nesse suposto crime”, disse  a candidata.

Conforme Emanuel Pinheiro é preciso que se investigue a relação dessas empresas com o governador Mauro Mendes. “Seis meses antes do governador Mauro Mendes anunciar oficialmente a mudança de modal, no final de 2020, as duas se uniram em um consórcio, chamado PN Príncipe, em junho de 2020. A Nova Engevix inclusive é especialista em obras em consórcio, e as duas empresas concorrentes, tanto a vencedora, quanto a derrotada, se uniram meses antes e inclusive esteve envolvida na Operação Lava Jato, quando ainda se chamava Engevix. A nova legislação impede que empresas que pertencem ao mesmo grupo econômico, sejam concorrentes em licitações. A lei é clara, as duas integraram o consórcio na obra realizada em Vitória, em tese, elas são sócias, um caso similar ocorreu com o Ganha Tempo, foi suspenso”, disse o prefeito que também é coordenador da campanha da candidata Marcia Pinheiro.