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Doença de Larissa Manoela: 55% das mulheres não sabem que têm

Um levantamento revela que 21% das brasileiras sofrem com a síndrome dos ovários policísticos.
Divulgação

Um levantamento revela que 21% das brasileiras sofrem com a síndrome dos ovários policísticos.

A atriz global Larissa Manoela revelou que foi diagnosticada com a síndrome dos ovários policísticos, notícia compartilhada no Twitter da artista na terça-feira (20), diagnosticada também com endometriose. Larissa também usou o Instagram para falar um pouco mais sobre o assunto, por meio de um vídeo na rede social. 

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“Hoje pela a anhã eu fiz um tuíte , expondo algo muito íntimo, muito pessoal e para a minha surpresa isso tomou uma proporção muito grande. Eu recebi diversas mensagens de carinho, de apoio e incentivo…”, disse a atriz. 

A endometriose é uma alteração inflamatória causada pela migração das células do endométrio em sentido oposto. Em vez de as células serem expulsas, elas acabam indo em direção aos ovários. Enquanto a síndrome dos ovários policísticos, caracterizada por um distúrbio hormonal, causa a presença de alguns cistos no ovário. 

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Segundo a médica obstetra, Mariana Betioli, não é incomum mulheres serem portadoras da mesma doença, apensar de ainda não se saber se existe uma real ligação entre as duas doenças. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, cerca de 10% a 15% das brasileiras têm endometriose e 21% das mulheres do Brasil já foram diagnosticas com a síndrome dos ovários policísticos, segundo um estudo realizado pela Famivita. 

“Como são duas doenças que provocam sintomas muito desconfortáveis, essas mulheres acabam tendo uma qualidade de vida prejudicada e, além dos sintomas físicos, fatores emocionais e sociais podem prejudicar a saúde mental. Acontece com frequência, mas ainda não se sabe se realmente há uma ligação entre essas duas condições”, explica a profissional da saúde. 

Entretanto, essa pesquisa Famivita  também revela que 55% das brasileiras não sabem identificar os sintomas da síndrome dos ovários policísticos, o que pode causar uma subnotificação da doença. Além disso, imaginários criados em torno da síndrome e até mesmo da endometriose também dificultam a identificação e tratamento da doença. 

Como, por exemplo, o uso de anticoncepcionais para “tratar” as duas doenças, o que a obstetra Mariana nega que seja uma medida eficaz de tratamento. Porque esse tratamento precisa ser feito de forma individual, priorizando as mudanças de estilo de vida da paciente. Outra ideia repercutia em relação às duas condições é que todas as mulheres com endometriose ou síndrome dos ovários policísticos são estéreis. 

“Tanto quem tem síndrome dos ovários policísticos, SOP, quanto quem tem endometriose podem engravidar, mas é muito comum terem mais problemas de fertilidade. No caso da SOP, a ovulação acontece de forma bem mais esporádica. Enquanto no caso de endometriose, pode acontecer dos focos criarem aderência nas trompas ou nos ovários, o que atrapalha a fecundação. A endometriose não é um fator de risco durante a gravidez, já no caso da SOP, existe um risco aumentado de desenvolver diabetes gestacional, hipertensão, pré-eclâmpsia e parto prematuro”, esclarece a obstetra. 

Fonte: IG Mulher

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