Garantir que pessoas cegas possam usar todas as ferramentas do site do Tribunal de Justiça Mato Grosso (TJMT) é um modo de ampliar a cidadania. Para isso, o TJMT vem realizando ajustes e melhorias nas áreas de comunicação e de tecnologia de informação. Nesta quarta-feira (21), as equipes do Tribunal se reuniram com representante do Instituto dos Cegos do Estado de Mato Grosso (Icemat), parceiro nesse objetivo.
Valney Alves, mediador e representante do Instituto, é deficiente visual e usa um software para navegar na internet e usar o computador. Ele conta que, assim como pessoas que não são deficientes, existem diversos níveis de facilidade e dificuldade para cada pessoa cega que precisa utilizar a internet e isso deve ser levado em conta.
“Esse encontro de trabalho vem convergir exatamente com o que o deficiente visual precisa, que é a necessidade de prover acesso tento a quem tem domínio da internet como os usuários comuns que querem mexer conhecer mais e acessar a página do Tribunal”, explicou.
Ele conta que desde o início da parceria com o TJMT, já foram feitos avanços e apontou o que pode ser feito nas próximas etapas. “A gente já conseguiu identificar algumas ferramentas bem acessíveis. Alguns botões estão bem identificados e outros estão sendo ajustados e nós percebemos uma mudança. Tem algumas coisas já acessíveis, adequadas e melhorias vem sendo feitas. Isso é fácil de perceber. Agora é continuar trabalhando para tornar a página o mais acessível possível”.
O representante do Instituto, que é professor de informática, foi recebido pela equipe liderada pelo diretor de sistemas do TJMT, Danilo Pereira da Silva. Na oportunidade, foram observadas as principais demandas e discutidas sugestões.
“Essa reunião foi importante, pois identificamos pontos que precisam ser aperfeiçoados no Portal do Tribunal. É uma primeira reunião de várias e, a partir disso, vamos iniciar algumas melhorias. Elencamos onde estão links quebrados, mudança de texto, por exemplo, e queremos ajustar para que deficientes visuais possam ter uma acessibilidade mais tranquila ao acessar o serviço do Poder Judiciário”, contou.
Pensar no futuro e incentivo aos estudos – O professor do Instituto lembra que para exercer a cidadania, é preciso ter ferramentas que garantam ao deficiente navegar pelo site do Tribunal de Justiça, mas ele vai além e acredita que pode despertar o interesse pelos estudos.
“Se a pessoa não é da área do Direito, às vezes ela pode despertar a vontade de ser um juiz, um defensor, um advogado porque ela sabe que as ferramentas estão acessíveis a ela. E para qualquer um que pode conseguir acessar o processo de um familiar, ajudar em alguma questão. Isso tudo pode acabar com que a pessoa se sinta interessada em estudar, crescer na vida”, concluiu.
Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão – Não é de hoje que o Tribunal tem buscado se adequar e o trabalho já vem sendo feito. O TJMT conta com uma Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão, presidida pela desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho. Ela foi criada para debater formas de tornar a Justiça estadual cada dia mais acessível a todos os públicos, em consonância à Resolução nº 401 do Conselho Nacional e Justiça (CNJ).
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual.
Descrição de imagens: Foto 1 – Foto colorida dos participantes da reunião. Todos estão sentados à mesa. O representante do Instituto está usando um notebook e aponta para a tela. Na ponta da mesa está uma televisão que projeta a tela do notebook usado por Valney.
Andhressa Barboza
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
Fonte: Tribunal de Justiça de MT