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Votos brancos e nulos caem para menor percentual desde 1994

Brancos e nulos tiveram queda nas eleições deste ano
Leopoldo Silva / Agência Senado – 02.10.2022

Brancos e nulos tiveram queda nas eleições deste ano

Segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , o percentual de votos brancos e nulos nas eleições 2022 , realizadas nesse domingo (2), foi o menor desde 1994.

Justiça Eleitoral informou que o índice é de 5,4 milhões, ou seja, 4,41% do total de votos . Nas eleições de 2018, por exemplo, os brancos e nulos foram 8,8% do total. Nas de 1994, foram 4,06%.

Os votos brancos e nulos são descartados no processo de apuração das eleições e considerados apenas como parte da estatística. De forma prática, a única diferença entre estes dois é a forma como o voto é registrado na urna pelo eleitor, além de serem computados separadamente nos dados totais.

Para votar em branco, o eleitor aperta o botão “branco” na urna e, no caso dos nulos, é quando o eleitor digita números que não são válidos, ou seja, não pertencem a nenhum candidato.

Nas últimas quatro eleições, o número de brancos e nulos flutuou entre 8% e 10%, mas, neste ano, registrou uma queda de 50%.

O número de nulos e brancos flutuou entre 8 e 10% nas últimas 4 eleições, mas caiu quase 50% na disputa deste ano. Em 1994, foram 4,06% do total.

  • 1994: 4,06%
  • 1998: 18,7%
  • 2002: 10,39%
  • 2006: 8,41%
  • 2010: 8,64%
  • 2014: 9,64%
  • 2018: 8,79%
  • 2022: 4,41%

O primeiro turno deste ano teve como resultado ao Planalto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 48,43% dos votos, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 43,20% . Um segundo turno será realizado no próximo dia 30 de outubro.

Embora os brancos e nulos tenham diminuído, a abstenção às urnas, por outro lado, chegou ao maior percentual desde 1998, com 20,95% .

Confira, abaixo, os votos brancos e nulos por estado:

Entre os estados, São Paulo e Paraíba foram os que mais tiveram votos brancos e nulos, com 5,64% e 5,31%, respectivamente. Já entre os que tiveram a menor taxa nesse índice, estão Pará, com 2,29%, e Roraima, com 2,3%.

Polarização

Nesse domingo, enquanto as últimas urnas eram apuradas, o  presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, já havia se pronunciado sobre os dados e disse que eles podem ser explicados pela forte polarização que permeia estas eleições. 

“Dos 80% de eleitores que votaram, tivemos metade dos brancos e nulos em relação aos votos de 2014. Passamos de 8,8% para apenas 4,20% da porcentagem de pessoas que não escolheram candidatos”, afirmou ele.

“Por ser algo mais polarizado, acredito que as pessoas acabaram votando mais. A polarização foi um dos possíveis fatores para que as pessoas participassem efetivamente e as filas tenham acontecido”, acrescentou.

Na ocasião, o ministro também destacou a que a Corte “cumpriu a missão de garantir transparência” , que as eleições foram “tranquilas” e que a população conseguiu escolher os candidatos de maneira “segura e pacífica”.

“O sistema eleitoral sempre foi seguro. As urnas eletrônicas representam a vontade popular digitada em cada uma das seções”, continuou.

Mais cedo, Moraes já havia comentado sobre alguns casos de violência registrados pelo Brasil durante esse primeiro turno , mas disse que, estatisticamente, foram muito poucos em comparação com anos anteriores.

“Nada fora do normal. O clima está muito tranquilo. A sociedade brasileira está demonstrando — nós, do Tribunal Superior Eleitoral, temos total certeza — maturidade democrática. Cada um vai à sua seção eleitoral, vota em quem quiser, vota no seu escolhido, sem confusão, sem violência. Então nós estamos extremamente satisfeitos com o andar das eleições 2022 “, afirmou.

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Fonte: IG Política

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