O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou que considera “inadequada” a discussão para aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal ( STF ) . A declaração foi feita nesta terça-feira (11).
“Me parece o momento inadequado para essa discussão e as discussões relativas à toda e qualquer reforma do Judiciário devem ser feitas com muita prudência, com muita responsabilidade, envolvendo inclusive o Poder Judiciário”, disse Pacheco.
No domingo, durante uma entrevista ao podcast Pilhados, o presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que pode repensar a proposta de a aumentar o número de ministros no STF , mas que só decidirá após as eleições e que a medida depende de a “temperatura abaixar” na Corte.
Pacheco ainda afirmou que acha estranho essa discussão estar acontecendo nesta época de eleições. Ele ainda opinou que a ideia seria “incoerente”.
“Me estranha muito neste momento, exatamente neste momento, estar se discutindo um tema dessa natureza, ampliação de estrutura do Poder Judiciário, em especial do Supremo Tribunal Federal. Me parece que isso é inclusive incoerente com a lógica dos que defendem uma redução da competência do Supremo”, disse o senador.
Nesta terça-feira, o chefe do Executivo recuou da proposta de aumentar o número de cadeiras na Corte e se eximiu de culpa pela repercussão negativa sobre a medida.
Segundo o chefe do Planalto, suas falas no podcast foram mal interpretadas. Ele não quis entrar em detalhes sobre as críticas que recebeu após as declarações do fim de semana.
“A imprensa falou que eu vou passar para mais cinco no Supremo. Eu falei que isso não estava no meu plano de governo. Botaram na minha conta. Vocês é que inventaram isso”, disse o presidente.
No início do mês, Bolsonaro afirmou que recebeu a sugestão de aumentar o número de ministros, de 11 para 16.
Ainda no dia de hoje, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) disse ser contrário a proposta do mandatário. Para o congressista, “não há nada nesse sentido a não ser fumaça produzida para não se discutir o Brasil”.
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Fonte: IG Política