Um juiz no estado norte-americano do Texas decidiu que as pessoas que morreram em dois acidentes com aviões 737 MAX da Boeing são legalmente consideradas “vítimas de crimes”, uma designação que determinará o encaminhamento do caso.
Em dezembro do ano passado, parentes de algumas vítimas de acidentes disseram que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos violou seus direitos legais quando firmou um acordo de acusação, em janeiro de 2021, com a Boeing por dois acidentes que mataram 346 pessoas.
Violação
As famílias argumentaram que o governo “mentiu e violou seus direitos por meio de um processo secreto” e pediram ao juiz distrital Reed O’Connor para rescindir a imunidade da Boeing nos processos criminais – o que fazia parte do acordo de 2,5 bilhões de dólares – e ordenar que a fabricante de aviões fosse acusada criminalmente e implicada publicamente.
O’Connor decidiu na sexta-feira (21) que “em suma, se não fosse a conspiração criminosa da Boeing para fraudar (a Agência Federal de Aviação dos EUA), 346 pessoas não teriam perdido a vida nos acidentes”.
Paul Cassell, advogado das famílias, disse que a decisão “é uma tremenda vitória” e “prepara o cenário para uma audiência crucial, onde apresentaremos soluções propostas que permitirão que processos criminais responsabilizem a Boeing”. A Boeing não comentou o assunto.
Fonte: EBC Internacional