Aqui no Brasil quando se fala em série 200, não há como não lembrar dos 205 que foram importados logo após a reabertura das importações durante o governo Collor, em 1990, mas a sua história vem bem antes, no Pós-Segunda Guerra Mundial no ano 1948 com o 203.
O 203 foi um carro médio e sua primeira aparição ocorreria no Mundial do Automóvel de Paris em 1947. A produção foi inicialmente prejudicada com greves e insumos para a produção, problemas que foram solucionados no ano seguinte e as primeiras entregas feitas em 1949.
Contou com variações como 4-portas sedã, 4-portas perua, 2 e 4-portas conversível e 2-portas coupé e motores 4 cilindros em linha, de 1.130 a 1.290 cm3 (42 a 49 cv), sempre associado a uma caixa de quatro marchas manual (uma a ré, não sincronizada) e tração traseira.
O modelo teve um papel importante para a marca francesa, lembrando que ele contou com várias inovações à época como primeiro modelo monobloco de cabeçote hemisférico e válvulas em V, o primeiro feito em massa, na ordem de meio milhão de unidades. Foi até 1960.
205
A década de 1983 daria continuidade a saga com o 205 , apresentado em 1983 e eleito o ‘Carro de Ouro do Ano’ da década de 1980. Um hatch que conquistou várias gerações com a sua esportividade, sendo produzido em 7 fábricas de 3 continentes.
O destaque foi o 205 Turbo 16, uma série limitada de 200 unidades construídas para homologar a participação do modelo no Grupo B do Campeonato Mundial de Rally, graças à sua carroceria reforçada, motor central transversal de 200 cv e tração nas quatro rodas.
Aliás, a unidade escolhida para o modelo mais rápido do Peugeot 205 era o 1.8 16v Turbo , conhecido por 205 T16 , que atingia de 0 a 100 km/h em incríveis 3 segundos, uma marca que deixaria muito superesportivo legítimo da época comendo poeira.
Com todos esses predicados, não demoraria para ele se tornar um carro cult e alcançar grande sucesso nas competições, vencendo o Campeonato Mundial de Rally para pilotos e construtores em 1985 e 1986; além do Paris-Dakar, em 1987 e 1988.
206
Sucedendo essa geração, o 206 assumiria o desafio de superá-lo e ganhou uma variedade importante de tipos de carroceria e tecnologia superior durante a sua jornada como o CC (Coupé Cabriolet), Sedan, SW ; além do esportivos 206 GTI, 206 RC, 206 Rallye (séries especiais).
Coube a ele o mérito de o primeiro Peugeot a sair da fábrica de Porto Real (RJ), em 2001. Em Novembro de 2009, a marca encerraria a produção do 206. Entrou em seu lugar o Peugeot 207 X-Line , versão mais em conta da família, encerrando assim mais um ciclo no Brasil.
207
Foi com essa geração que a marca incorporaria pela primeira vez a configuração sedã, batizada de 207 Passion que se juntaria a perua ou SW , oferecido em múltiplas versões que combinavam níveis de equipamentos e motores a gasolina.
Baseado no 206 Sedan fabricado pela Iran Khodro , no Irã, tinha como forte atributos o generoso porta-malas de 420 litros. Foi uma aposta da montadora para competir outros sedãs no mercado brasileiro, tais como F iat Siena, Chevrolet Prisma, Renault Logan e Volkswagen Voyage.
208
Para 2013, um ano depois na Europa, surgia o 208 totalmente novo, com acabamento mais primoroso e melhor nível de equipamento fazendo com que a categoria fosse promovida para a dos chamados compactos “premium”.
Nesse nicho, entravam também na disputa pela peferência dos consumidores Fiat Punto , Citroën C3 (com quem compartilha a plataforma, fábrica e também o conjunto mecânico), Ford Fiesta , Honda Fit e Chevrolet Sonic.
Um dos destaques dessa série estava na estreia de uma nova arquitetura completamente ergonômica chamada pela marca de i-cockpit , sendo o ‘i’ de interativo como uma forma de oferecer mais praticidade ao painel touch screen.
Em 2020, com a segunda geração do modelo, importada da Argentina, surgia o i-cockpit 3D uma evolução do conceito já presente na primeira geração do hatch. Ele se destaca pela presença do painel de instrumentos totalmente digital.
O ano seguinte ficaria marcado com a chegada do elétrico e- 208 GT cuja diferença está no motor que no lugar do 1.6 aspirado de 118 cv traz um motor elétrico que gera 136 cv e 26,5 kgfm , enviados para as rodas dianteiras. De 0 a 100 km/h é feito em 8,3 segundos.
Em 2022, chegou a vez do Peugeot 208 – nas versões Like e Style – passar a ganhar nova motorização, no caso a 1.0 Firefly de 75 cv e 10,7 kgfm , o mesmo do Fiat Argo , como uma estratégia de atrair mais clientes com o novo preço de R$ 72.990.
Só como exemplo, antes dessa, versão mais barata era, até agora, a Active equipada com motor de quatro cilindros, 1.6 litro de 118/115 cv de potência e 15,5/15,4 kgfm de torque , comercializada por R$ 99.990.
Fonte: IG CARROS