Para reiterar os alertas sobre cuidados e prevenção envolvendo a dengue, chikungunya e Zika vírus, o Brasil instituiu o penúltimo sábado de novembro como o Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti.
A data, celebrada hoje (19), não foi escolhida à toa. O período em que o mosquito mais se propaga é o verão, estação em que, no Brasil, vem acompanhada de chuvas, tornando o cenário favorável ao Aedes e perigoso para as vítimas dessas doenças que costumam assolar o país.
A fim de lembrar alguns cuidados reiteradamente divulgados por autoridades sanitárias, o Ministério da Saúde lançou, no fim de outubro, a Campanha Nacional de Combate ao Mosquito Aedes aegypti, que prevê a veiculação de peças publicitárias em rádio, TV e internet com informações sobre os principais focos de proliferação do mosquito, bem como sobre medidas preventivas.
Durante o lançamento, o ministro Marcelo Queiroga disse que o sucesso da campanha depende diretamente da colaboração da sociedade. “Não temos como fazer isso sozinhos”, afirmou.
Ações simples podem ajudar no combate ao mosquito, principalmente, no quintal de casa. Entre as medidas que podem ser adotadas estão: evitar água parada em pequenos objetos, pneus, garrafas e vasos de planta; manter a caixa d’água sempre fechada e realizar limpezas periódicas; vedar poços e cisternas; e descartar o lixo de forma adequada.
Mobilização
Para a Agência Brasil, o Ministério da Saúde ressaltou que essa mobilização tem de envolver estados, municípios e toda a sociedade. “Uma vistoria rápida de 10 minutos é uma ação simples que pode interromper o ciclo de vida do mosquito”, informou a pasta.
“A orientação é dedicar alguns minutos de um dia para eliminar os focos do Aedes. A participação social é fundamental para vencer a luta contra o mosquito transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e Zika. A realização de mutirões comunitários é uma forma de envolver, mobilizar e engajar a população na luta contra o Aedes aegypti”, acrescentou .
Segundo o último boletim epidemiológico, divulgado no dia 7 de novembro pelo ministério, foram registrados até então em todo o país 1.374.019 “casos prováveis de dengue em 2022. O número representa, no mesmo período, um aumento de 182% na comparação com o ano anterior (2021). A doença já matou este ano 945 pessoas.
Ainda segundo o boletim, até a 43ª semana do ano houve 169.646 casos prováveis de chikungunya, número 84% maior do que o registrado no mesmo período de 2021. Foram confirmados 82 óbitos neste ano, mas há, ainda, 21 mortes sendo investigadas.
Já o zika vírus teve – durante as 41 primeiras semanas de 2022 – 9.882 casos prováveis. Um aumento de 66,6% na comparação com o número de ocorrências de 2021. “Ressalta-se que não foram notificados óbitos por zika no país até a respectiva semana”, informou o boletim epidemiológico.
Sintomas e prevenção
O Ministério da Saúde ressaltou que os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são semelhantes. “Eles incluem febre de início abrupto, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele e manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais”, explicou.
A orientação é a de procurar a unidade ou serviço de saúde mais perto da residência assim que surgirem os primeiros sintomas.
“A prevenção é a melhor forma de combater a doença. Evitar água parada, esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água são algumas iniciativas básicas para evitar a proliferação do vetor. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os ovos”, reiterou.
Veja aqui algumas orientações do Ministério da Saúde.
Edição: Kleber Sampaio
Fonte: EBC Saúde