O senador Jean Paul Prates (PT-RN), integrante do grupo de Minas e Energia da transição de governo e cotado para a presidência da Petrobras, afirmou nesta quinta-feira (1º) que o próximo governo vai revisar o plano estratégico da empresa, que prevê as diretrizes da companhia entre 2023 e 2027.
No plano, a Petrobras confirmou a distribuição de 85 bilhões de dólares aos acionistas, além de reafirmar a necessidade de seguir explorando o pré-sal.
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Para Prates, a empresa precisa ir além de explorar o pré-sal e pagar dividendos aos acionistas. Segundo ele, o plano deve ser alterado, pois “não é uma cláusula pétrea”. “[O plano estratégico apresentado pela atual direção] é quase que dizer o que eles fariam se continuassem lá. A gente vai, quando chegar, dizer o que a gente fará estando lá”, afirmou o senador após reunião da bancada do PT com o presidente eleito Lula, no Centro Cultural Banco do Brasil, sede da transição de governo.
“[A Petrobras] é uma empresa de longo prazo. Uma empresa de longo prazo não pode só ficar tirando pré-sal do fundo do mar e distribuindo dividendos, ela precisa pensar em coisas que todas as outras empresas de petróleo estão pensando”, completou.
A equipe de Minas e Energia do próximo governo prevê que a estatal invista em energias renováveis.
“Várias empresas de petróleo têm se transformado em empresas de energia. Simultaneamente, estão descarbonizando suas operações e suas cadeias de valor. Chegou a hora da Petrobras considerar a transição energética seriamente em sua estratégia para o futuro”, defendeu Mauricio Tolmasquim, coordenador do grupo de Minas e Energia do governo de transição, em uma rede social.
Prates afirmou ainda que a estatal voltará a ser “graúda, forte e poderosa”.
“O acionista vai nos acompanhar sabendo que ele está embarcando realmente numa embarcação graúda, poderosa, forte, que tem futuro, sabe para onde está indo, não numa espécie de barco à deriva, que está só queimando combustível”, disse o senador.
A equipe do PT deve se reunir com os dirigentes da estatal na próxima semana.
Fonte: IG ECONOMIA