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OPERAÇÃO COVERAGE

Paccola é condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por adulterar sistema da PM

Câmara de Cuiabá

O vereador por Cuiabá cassado e tenente-coronel da reserva da Polícia Militar, Marcos Paccola (Republicanos) foi condenado pela Vara Especializada em Justiça Militar, a quatro anos e seis meses de prisão. A decisão é desta sexta-feira, 16 de dezembro.

“Sujeitando-o à pena privativa de liberdade de 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses de reclusão, pena que será cumprida inicialmente em regime aberto”, diz trecho da decisão.

Conforme o documento, Paccola foi condenado pela prática dos crimes de falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informações. Ou seja, o vereador cassado inseriu dados falsos para alterar o cadastro de uma arma de fogo.

Essa decisão é de uma operação denominada Coverage de 2019, na qual Paccola é investigado. Ele chegou a ser preso em setembro de 2019. Mas, a prisão foi revogada quatro dias depois.

A Operação Coverage foi deflagrada em agosto de 2019 e investigou a alteração no registro de uma arma de fogo que teria sido usada em 7 homicídios por encomenda, sendo estes crimes apurados na Operação Mercenários, que mirou uma organização criminosa composta por 6 policiais militares, 6 vigilantes, dois informantes, dois homens identificados como mandantes e um apontado como intermediário entre o grupo e os contratantes.

Além de Paccola outro militar, o tenente da PM, Cleber de Souza Ferreira, por falsidade ideológica, tendo que cumprir pena privativa de liberdade de dois anos de reclusão, também será cumprida inicialmente em regime aberto.

Ambos poderão recorrer à decisão.

Denuncia

Segundo a denúncia apresentada Paccola, em conjunto com os denunciados Tenente PM Cléber de Souza Ferreira e o Sgt Berison Costa e Silva, teriam atuado entre os meses de maio a agosto para falsificar a verdadeira origem, propriedade e posse de uma Glock calibre 9 mm.

A pistola pertencia ao tenente Cléber, acusado de participar de um grupo de extermínio. Na ocasião os denunciados teriam inserido dados falsos no Sistema de Registro e Gerenciamento de Arma de Fogo da PMMT, para impedir a sua verdadeira identificação.

A arma foi utilizada a fim de cometer crimes de homicídios investigados pela Polícia Civil.

A arma, adquirida em 2015 pelo tenente Cléber de Souza Ferreira, foi adulterada em nome da Polícia Militar, fazendo crer que seria parte do patrimônio do efetivo.

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