DA REDAÇÃO / LEONARDO MAURO
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O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues acaba de ser preso pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), na manhã desta quinta-feira (09), ele é acusado de participação em esquema de corrupção e fraudes instalada na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), no ano de 2021.
Na residência do alvo principal foi apreendido aproximadamente R$ 30.962 mil em dinheiro.
Na operação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão domiciliar, dois afastamentos cautelares de exercício da função pública, um mandado de prisão preventiva, além do sequestro de R$ 1.000.080,00 (um milhão e oitenta reais), que recaiu sobre o patrimônio de duas pessoas e da empresa, investigados por suspeita de participação no esquema.
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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), nomeou, no dia 15 de junho de 2021, o administrador Célio Rodrigues para comandar à pasta da Saúde em substituição a Ozenira Félix, que exercia as atividades desde outubro de 2020.
Investigações
Relatórios de auditoria da Controladoria-Geral do Estado apontaram indícios de desvios de recursos públicos na ECSP e, a partir disso, foram constatadas diversas irregularidades em alguns pagamentos, na ordem de R$ 1 milhão. Segundo a investigação da Deccor, esse dinheiro pode ter sido desviado dos cofres da saúde pública do município de Cuiabá e teria sido direcionado de forma indevida em plena pandemia de covid-19.
As apurações apontam que, em tese, foram autorizados pagamentos sem as devidas formalidades para uma empresa que, segundo levantamentos realizados, seria composta por pessoas que não teriam condições de administrá-la, bem como não possuiria sede física no local informado em seu registro formal. Essas evidências podem demonstrar tratar-se de uma empresa fantasma, cujos sócios administradores seriam laranjas.
Ainda, os indícios sugerem que esses pagamentos se referem à aquisição de medicamentos que não possuem, a princípio, comprovação de ingresso na farmácia da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. Isso levanta suspeitas de que esses medicamentos, de fato, nunca teriam chegado a dar entrada no estoque da ECSP.
A Operação Hypnos foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e contou com apoio de equipes da Gerência de Operações Especiais (GOE) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Nome da Operação
Hypnos referir-se a um medicamento Midazolan, indicado para insônia.