DA REDAÇÃO/MAK LUCIA E LEONARDO MAURO/DO LOCAL
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A operação da Polícia Civil contra a Secretaria de Saúde de Cuiabá acabou acirrando os ânimos da base do Prefeito Emanuel Pinheiro na Câmara de Cuiabá, durante a sessão realizada nesta quinta-feira, 23 de fevereiro. O vice-líder da Prefeitura na Câmara Municipal, Luís Claudio (PP), disse em entrevista ao jornalistas, que recebeu a notícia sobre a Operação Smartdog, deflagrada nesta manhã, com muita surpresa, tendo em vista que no período vespertino ocorre o julgamento do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) do pedido de intervenção estadual na Saúde da capital.
“Eu acho que poderia fazer em todos os tempos, agora se escolhe e como se escolheu no dia da Câmara Municipal, quando julgamos aqui um procedimento de afastamento do prefeito, saiu uma operação, aí quando vai julgar no Órgão Especial, sai outra operação, então é no mínimo estranho”, disse o parlamentar.
Luís Claudio diz que em relação aos mais de 5,5 milhões de medicamentos vencidos encontrados durante o ferido de carnaval, em um galpão próximo ao Centro de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC), pode ser os mesmos encontrados no passado, e que isso não é nenhuma novidade e que isso não deve influenciar no julgamento do TJ.
“[…] O Tribunal de Justiça é competente na sua avaliação técnica e jurídica do processo. A intervenção foi pautada em dois processos de TACs não cumpridos e depois foi aditada pelo Ministério Público, desses dois TACs que não foram cumpridos desde 2013, da gestão do antigo prefeito da Capital, só foi colocado e forçado seu cumprimento na gestão atual, mas isso já foi superado. A questão desses medicamentos é uma matéria que no meu modo de ver é antiga, então realmente tem falhas na Prefeitura, tudo tem, mas não ensejaria uma intervenção. Se a gente for computar que lá traz, lá no passado, havia 4 milhões e agora tem 5, será que não são os mesmos medicamentos? Isso a Prefeitura também tem que colocar a mão na massa e provar isso. Se o descarte não foi feito por conta do próprio processo anterior, então tudo isso tem que ser dito”, disse o parlamentar.
Ele ainda reforça sua fala dizendo que sobre a operação deflagrada para apurar contratos da Saúde com uma empresa que faria a chipagem de cães e gatos, que o contrato em questão não chegou a ser empenhado e que o valor citado é equivocado.
“A população precisa saber disso, esse contrato não é de R$ 32 milhões, é uma informação extremamente errada, esse contrato foi firmado no valor de R$5 milhões, esse contrato não foi publicado, esse contrato não foi empenhado, portanto, esse contrato não foi pago, um centavo. E foi mandado para Procuradoria do Município para apurar possíveis irregularidades. Não foi feito absolutamente nada nesse contrato para se concretizar numa busca e apreensão”, reforçou.